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João Delfiol Construções

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10 ANOS DE SUPERVISÃO DE ENSINO: muito aprendizado!

 

Há dez anos e alguns meses eu chegava à Supervisão de Ensino. Após ter realizado uma inscrição e me candidatado em um processo, que ocorria anualmente.

Fiz minha inscrição sem ter muita certeza se iria ou não. Havia atuado em uma Diretoria de Ensino, mas em trabalho essencialmente pedagógico, onde atuei por cerca de treze anos com formação de professores.

Na ocasião de minha inscrição fui atendida por uma ex-supervisora, a Clothildes Zuccari, que perguntou se eu pretendia ir para a Supervisão ou não. Diante da minha hesitação, que externei, ouvi dela que “Devia ir sim. Que ela e todos me auxiliariam no que fosse preciso!”.

Esta fala da “Clô” foi decisiva para mim.

Realmente assim foi. Fui, sem saber quase nada, pois era um setor diferente das experiências, que tinha tido até então. Com uma burocracia diferente, com rotinas de trabalho diferentes.  Tive sorte, pois era um período um pouco mais tranquilo, no qual, mesmo com muito trabalho, conseguíamos fazer as visitas escolares em duplas, trios, assim eu via, ouvia, ajudava e aprendia.

Quando precisava minha Dirigente Regional de Ensino, na época, Regina Bergamasco, me chamava até seu gabinete para me orientar a respeito da escrita dos termos de visita, como só um bom professor sabe fazer, afinal era um gênero textual, que não fazia parte da minha rotina profissional até então.

Muitos me ajudaram neste início, onde tudo era totalmente novo e desconhecido: Meire, Denise(s), Rosilene, Regina Littério, Clô, Magali, Ana Cristina, Nazareth, Maria Elvira.

Cada uma contribuiu, de alguma forma, no meu crescimento profissional!

Outras e outros, no decorrer destes dez anos e pouco, também me ensinaram e também aprenderam comigo: Jorge Fiamengui, Lourival Minhoni, Sílvio V. de Miranda, Ana Paula, Paula Ouchi, José Carlos, Rose Plens, Mario, Glauce...

Esta semana relembrei um pouco disto por um motivo muito especial para mim.

Fui até o protocolo retirar um documento de uma escola para responder. A Lucilene me atendeu. Enquanto eu via o documento, assinava a relação de remessa, ela começou, com o jeito tímido e voz calma, a falar de mim.

Ela contou que, antes de trabalhar no setor público, não sabia como era o funcionamento de um órgão público. Prestou o concurso público. Foi aprovada. Tinha muitas dúvidas e não sabia onde encontrar as informações, que precisava para poder dar andamento na sua vida e poder assumir o cargo. Desta forma ela sempre ligava na Diretoria de Ensino, que eu a teria atendido algumas vezes, ensinado várias coisas, que a ajudaram neste início anterior à posse no cargo. Que eu tinha falado a respeito de onde procurar as publicações a respeito do concurso, de como poderia fazer a busca, como e onde deveria buscar e ler estas informações.

Respondi que isto, de ficar explicando, é coisa de professor, mas que também aprendi muito a “especular” as pessoas para entender o que elas precisam, para então poder ajudá-las. Falei também, que aprendi a fazer isto na Supervisão, ir conversando, investigando e buscando, pouco a pouco, conseguir da própria pessoa o caminho para ajudá-la. Uma das pessoas, que eu observava, entre outras, durante seus atendimentos foi a Denise Barros.

Esta “escutatória”, como chamava Rubem Alves, não se aprende na escola, nem na faculdade, nem nas melhores universidades! Muito menos em cursos de formação que, para a Supervisão de Ensino, são raríssimos! Em mais de dez anos de atuação fiz, no ano passado, um específico voltado à atuação do Supervisor de Ensino.

Se nunca tinha feito um curso específico para atuar na Supervisão como aprendi? Aprendi a fazer fazendo. Aprendi estudando. Sim, porque o estudar é diário! As legislações e suas alterações são publicadas quase que diariamente. Os comunicados, as portarias, os boletins, os e-mails, os editais, as mensagens pelo whatsapp, os documentos orientadores, as lives... e tantas outras informações, em especial em 2020 com a pandemia, são muito frequentes! Tudo exige leitura atenta, estudo, trocas de informações e esclarecimento de dúvidas com os demais colegas Supervisores.

Quando prestei o último concurso de Supervisor de Ensino, certa vez, um colega me perguntou se eu não iria fazer um curso preparatório e estudar. Respondi que não, que estudava diariamente! Que a atuação na Equipe de Supervisão de Ensino é um estudar permanente!

Havia feito sim, um curso preparatório, um ano ou dois antes, para o concurso de diretor de escola.

Enfim, duas habilidades são necessárias e imprescindíveis na atuação supervisora: estudar e escutar!

A Clô, naquele atendimento inicial comigo, me escutou! Ouviu minhas dúvidas, meus receios, e foi assertiva ao propor apoio, ajuda, e isto fez toda a diferença e me impulsionou a trilhar este caminho profissional!



REFERÊNCIAS:

    

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