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João Delfiol Construções

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RETROSPECTIVA DO BLOG

Criado com o Padlet

HISTÓRIA DE ANA ROSA


Você já ouviu a música sertaneja de Tião Carreiro e Carreirinho intitulada "Ana Rosa"? Se ouviu conhece a história dessa mulher. Se não ouviu, farei um resumo da história.
Ana Rosa morava em Avaré, cidade próxima a Botucatu. Como muitas jovens de sua época casou-se cedo, pois havia se apaixonado por Francisco de Carvalho Bastos, mais conhecido como Chicuta, que era muito ciumento, por isso trazia a esposa sob constante vigilância.
Homem dos idos de 1880, muito machista, começou a maltratar a mulher, tanto moral quanto fisicamente.
Até que um dia a jovem esposa cansou de tanto sofrer, fugiu para Botucatu, refugiando-se em um cabaré de uma mulher chamada Fortunata Jesuína de Melo.
Quando o marido chegou em casa e não encontrou a mulher, ficou cego de ciúmes, procurou-a por todos os lados, até que soube que ela havia fugido e para onde havia ido. Mais do que depressa ele se dirigiu para Botucatu, onde chegou e contratou José Antonio da Silva Costa, mais conhecido por Costinha, e Hermenegildo Vieira do Prado, cuja alcunha era Minigirdo.
Costinha então se dirigiu ao cabaré, fingiu-se de bom homem, que queria ajudar Ana Rosa, ofereceu-lhe ajuda para fugir mais uma vez do marido. Saíram juntos, quando ambos chegaram próximos ao Rio Lavapés, ela percebeu seu grande erro: avistou Chicuta. Ana Rosa pediu clemência, bradou a todos os santos, pediu aos homens que poupassem sua vida, mas não adiantou. Ela foi morta e esquartejada no dia 21 de junho de 1885, com apenas 20 anos de idade.
Relatos contam que quando um carroceiro, que carregava o corpo, junto com a polícia, passavam pelas ruas da cidade, todos sentiam um cheiro de flores exalado pelo corpo de Ana, por esse motivo acharam que ela havia se tornado santa, por esse motivo foi erguida uma Capela em homenagem a essa jovem mulher, vítima de seu próprio marido.
Quem for um dia passear em Botucatu, passar pela Avenida Mario Barbieris, poderá ver uma singela capela cor de rosa, homenagem do povo botucatuense à Ana Rosa.
E os algozes da jovem e bela Ana Rosa?
"Os criminosos foram presos e condenados. Costinha após cumprir pena saiu e morreu esmagado quando cortava uma árvore. Minigirdo morreu na prisão, vítima de varíola. Chicuta, numa tarde de sexta feira, ia voltando da cidade para a fazenda quando o carro parou. Nervoso, batia nos bois mas o carro não saía do lugar. Ao se deitar no chão para verificar as rodas do carro, os bois seguiram e as rdas separaram sua cabeça do corpo."(http://www.lucianoqueiroz.com/tradicoes%20anarosa.htm )

Se quiser saber mais sobre essa história, você pode acessar os sites abaixo,nos quais também li e pesquisei a história. As fotos são inéditas, tiradas pela autora desse blog.
http://anarosaechicuta.spaces.live.com/ - há uma cópia do romance publicado em 1922 por João Correia das Neves, que relata com maiores detalhes essa história, cujo título é Anna Rosa.

Comentários

Silvio Barbieri disse…
A "cruzinha" de Ana Rosa faz parte da minha história de vida. Quando li o relato não pude deixar de fazer mil ligações mentais. Só para acrescentar, a Cruzinha lá pelos anos 70 se manteve como na foto a não ser pelo muro que não existia à época. No seu interior, uma grade separava os bancos do altar onde havia uma caixinha para o dízimo. No canto direito era o local onde se acendiam as velas que posteriormente foi removido por motivo de incêndio. Outra coisa que marca muito eram os eucaliptos magistrais na entrada. As ficheiras no pasto onde hoje se encontra a COHAB I. Na rotatória da Cohab havia uma mina de água límpida numa erosão de uns 10 metros de altura que levava ao ribeirão Lava pés. E na rampa que dá acesso à Rua Amando de Barros nós pegávamos a chave cujo chaveiro era uma tábua pequena com um furo. Para não se perder. Quem guardava era uma senhora que zelava pelo local. Um lugar de um silêncio e de uma paz.. bem diferente do que é hoje.
Evandro disse…
Não acredito , eu revivi meu passado, a senhora que guardava as chaves como descreve Silvio Barbieri era minha avó, dona Isabel, usava um lenço na cabeça era baixa, ela morreu ano passado com quase 100 anos, eu brincava muito em minha infância nessa capela e ajudava minha avó a limpar o local, eu lá para passar as ferias. adorei obrigado por tudo a pessoa que criou esse blog.
catléia disse…
Evandro, bom dia! Que lindo este seu depoimento, carregado de emoção, saudade. Agradeço-o muitíssimo pela visita ao blog, pelo comentário, aguardo-o sempre, retorne ao blog sempre que quiser.
Realmente a história de Ana Rosa é muito triste, mas a Capelinha Cor de Rosa povoa as mentes e as memórias de muitos botucatuenses, que vivem aqui, ou que moram em outras cidades, outros Estados.
Gosto de História, gosto de ouvi-las, de registrá-las, porque são comuns a várias pessoas, registrando-as, divulgamos e transmitimos assim a cultura de uma cidade, de um povo. Esta é minha intenção com este blog.
Mais uma vez, obrigada pela visita e volte sempre!!!
Evandro disse…
Magina, Obrigado digo eu Catleia, foi onde eu passei minha infância, relembrei de minha avó que era a pessoa que guardava a chave com um pedaço de madeira, com a correria do dia-dia, não tive mais oportunidade de visitar o local, soube que construíram um conjunto habitacional em volta, isso era tudo terra e eucalipto e aos fundos uma casa construída de barro onde meus avós moravam. se quiser me add no Facebook o endereço é http://www.facebook.com/profile.php?id=1690944614 Evandro Pedro de Campos.
Obrigado mais uma vez, e muito sucesso. bjss.
catléia disse…
Evandro, boa tarde!
Construíram uma COHAB, que, segundo soube, tem mais de 30 anos... Ao lado da Igrejinha tem o Tiro de Guerra, um clube dos funcionários da Prefeitura, mas adiante, sentido centro, tem um local onde ainda funciona parte da garagem municipal, mas está sendo construída, há mais de um ano, uma praça, que chamam de Parque da Juventude...
A cidade está com vários bairros novos sendo abertos... Alguns já com infra-estrutura e todos os terrenos vendidos, outros ainda em fase de venda. Há a perspectiva de construção de um shopping até 2013, que ficará perto da Castelinho, onde também foi construído um prédio novo e imponente para o Fórum.
Venha visitar a cidade qualquer hora!
catléia disse…
Mr Rogger 698, obrigada pelo comentário!
Visite a Capela sim. Abaixo um link falando do caseiro de lá e do túmulo de Anna Rosa, que também merece uma visita!
http://www.acontecebotucatu.com.br/Cont_Default.aspx?idnews=12347
Ighor disse…
Olá, obrigado pela postagem!
Cresci ouvindo essa história através da música do Pardinho, cantada por Tião Carreiro e Pardinho, e me emocionei ao saber mais sobre a história.
Tentei pelo link que vc postou, mas não consegui, e gostaria muito de ler o livro que conta a história. Vc saberia alguma forma de conseguir uma cópia para ler?
Obrigado.
catléia disse…
Ighor, boa noite!

Pesquisei na internet, mas não há mais este livro disponível para download, nem para leitura em nenhum site, infelizmente!
Talvez se você entrar em contato com o Centro Cultural de Botucatu. Este centro tem uma boa biblioteca, talvez tenham um volume deste livro por lá.
Boa sorte!
Ighor disse…
Boa noite, Catleia!
Muito obrigado! Farei isso sim, entrarei em contato e que sabe consiga.
Parabéns pelo blog, e pela postagem!!
Anônimo disse…
Gostaria de comprar o livro..alguém sabe?
catléia disse…
Desconheço, onde exista o livro para vender. Quando escrevi esta postagem e riz algumas pesquisas, só consegui encontrar o livro, que estava disponível na web. Há um curta metragem colorido, que foi filmado recentemente.
Unknown disse…
Boa tarde, você sabe o ano da construção da capela?
Estou fazendo um projeto de restauro para a capela como trabalho da minha faculdade de arquitetura.
catléia disse…
Bom dia! Não sei o ano de construção, mas ela passou por "reforma" recentemente. Se você procurar no facebook por "Memórias Botucatu" você encontrará vídeos produzidos pelo Sr. NENÊ Bueno. Um deles trata só da história da Capela.

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