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Mostrando postagens de setembro, 2012

João Delfiol Construções

João Delfiol Construções

RETROSPECTIVA DO BLOG

Criado com o Padlet

Vida: perdas e danos

A gente comenta que a vida passa rápido. Que em um abrir e fechar de olhos as coisas mudam, mas não temos a exata consciência disto. Eu pelo menos não tinha! Na infância e adolescência, apesar de problemas financeiros, familiares, sempre tive meus pais por perto, meus irmãos, meus tios, primos. Com o passar do tempo as vidas das pessoas foram tomando outros rumos, o que é natural, casamentos, mudanças de cidade, nascimentos, mas ainda assim todos estavam ali. Há uns doze anos tudo isto começou a mudar. Primeiro faleceu meu pai, o irmão mais novo, de uma família de seis: quatro irmãos e duas irmãs, uma delas mais nova que ele. Depois disto, a cada três anos, mais ou menos, foram morrendo os irmãos dele. Até que sobraram as duas irmãs, uma delas está com bem mais de oitenta anos. Estas perdas tão próximas mexeram comigo, pois sempre fomos muito próximos da família de meu pai. Há uns três anos mais ou menos, tivemos a perda de um primo, que tinha a minha idade, que morreu brutalme

Inquietações

Tenho escrito regularmente neste blog, falando a respeito de minhas impressões sobre diversos assuntos. Talvez como uma forma melhor entendê-los, refletir, compartilhar dúvidas, incertezas, quem sabe até reconhecer no outro, leitor, as mesmas inquietações, desta forma me sentir menos sozinha com estes questionamentos. Escrevo, em geral, sobre assuntos mais abrangentes, que sejam do interesse de uma grande maioria, alguns textos inclusive com informações relacionadas ao desconhecimento de certos assuntos, que percebo no meu trabalho, no meu cotidiano, nas conversas com as pessoas. A despeito disto tudo, senti vontade de escrever, hoje, sobre outro tipo de inquietação, que está me afligindo, talvez aflija outras mulheres também, muito provavelmente até homens. Chegou o momento, na minha vida, em que estou vivenciando alguns problemas advindos, creio eu, do aumento dos anos vividos, da falta de exercícios físicos (não gosto!), mesmo sabendo da necessidade deles para a melhoria da

Gambá morto na Barra Funda

Sou frequentadora da Rodoviária da Barra Funda. Vira e mexe estou passando por lá. Indo visitar parentes, amigos. Voltando pra casa. Indo para cursos, palestras. Voltando pra casa. Nos últimos anos, claro, tenho percebido algumas mudanças. A pior delas foi a mudança relativa aos banheiros masculino e feminino. Até um ano ou dois atrás pagava-se uma taxa, de um real ou um real e cinqüenta para usar os sanitários, para um xixi, um cocô. Nesta época, quando era cobrada esta tarifa, estavam invariavelmente limpos, cheirando a desinfetante, funcionárias sempre limpando, retirando o lixo. Todos os vasos sanitários limpos, todos funcionando, não existiam filas. Isto tudo mudou. Deixou-se de cobrar para utilizá-los. O que deveria ser muito bom, tornou-se, a meu ver, um problema muito sério para todos! A situação atual após esta ação imposta sabe-se lá por quem e com qual objetivo: caos total! Ao entrar no local, ou melhor, ainda fora do banheiro, do lado de fora, na “sala de es

Jeitinho brasileiro

Muito já se falou do “jeitinho brasileiro”, do “gosto de levar vantagem em tudo, certo?” e outras máximas que certos brasileiros usam para direcionar suas atitudes, pequenas ou grandes, no cotidiano de suas vidas. Mas falta ainda falar do jeitinho brasileiro na era da informática e da comunicação. Este jeitinho de querer “dar uma volta”, “levar vantagem”, “ser o primeiro em tudo”, ganhou ajudantes adicionais, que ajudam o brasileiro a guardar lugar na fila para a mulher, enquanto ela faz comprinhas básicas no shopping, guardar lugar na fila enquanto o pai, idoso, fica na fila do idoso, ambos aguardando qual fila será mais rápida, assim ambos irão para esta fila. Mas quais serão estes periféricos do ser humano, que o ajudam a “levar vantagem”? Primeiro é o celular. Objeto de primeira necessidade em tempos de comunicação, de informação, tornou-se um aliado importantíssimo para este brasileiro. Enquanto a esposa passeia vagarosamente por entre as inúmeras vitrines do shopping, o m