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João Delfiol Construções

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Ditames ou manda quem pode!

Vejo certos organismos internacionais ditando, o que seria bom para a Educação, o que não é mais bom para a Educação. Quando falo em Educação, falamos aqui de Educação pública.
Vamos começar pensando o seguinte: por que será, que mesmo com muita dificuldade, muita gente retira seus filhos da escola pública e os coloca na particular? Ou ainda, mesmo tendo estudado a vida toda em escola pública, estas pessoas, quando pais, não confiam a ela os seus filhos?
Vou falar aqui, com base na escola onde duas sobrinhas minhas estudam, para efeito de comparação.
Nesta escola particular, real, nas turmas do ensino fundamental I (1º ao 5º ano) não têm muitos alunos. Estive, há uns dois anos mais ou menos, na reunião de pais de uma delas. Não havia na sala nem 15 carteiras! Recentemente fiquei sabendo que a turma de 5º ano, está atualmente, com uns 30 alunos.
Não vou citar o Estado, mas em um tido como o mais rico da Federação, as turmas de ensino fundamental I têm 35 alunos, raramente, menos. As turmas de Ensino Fundamental 2 (6º ao 9º) cerca de 40, ainda se pode “expandir o módulo”, ou seja, colocar mais alguns. No Ensino Médio as turmas não são menores...  
Nunca ouvi de minha cunhada, desde que as meninas foram pra escola, desde a educação infantil até agora, a frase “Minha(s) filha(s) não tiveram aula de Português, Matemática ou qualquer outra disciplina hoje.” Ou então “Minhas filhas foram dispensadas da aula hoje porque a maioria dos professores faltou”.
Nesta escola em questão há vários professores, ex-professores da escola pública.
Nunca ouvi também as meninas falarem, por exemplo, situação hipotética, que não acontece nas escolas públicas do Brasil... “Fui ao banheiro e não tinha papel higiênico”, ou ainda, “Hoje estava chovendo, a laje da escola, encheu de água e vazou, tivemos que ter aulas no pátio”. Ou ainda... lembrando, estamos falando de situações hipotéticas, que não acontecem no Brasil... “Não consegui assistir aula direito, porque a carteira onde eu me sentava, está tão ruim, quebrada e não tive mais onde me sentar”.
Por que os pais dos alunos das escolas públicas não reclamam? Reclamam, mas poucos deles. Aqueles que conseguem, tiram os seus filhos das escolas públicas, assim que podem!
Não. Não estou criticando a escola, o Diretor, o Professor!
Quero perguntar aqui. Quem é o chefe, mandatário, dos diretores e dos professores? Um secretário da Educação. Que na maioria das vezes, nem professor é, nem diretor, nem supervisor, nem coordenador... Um político! Um indicado pelo Governador, pelo Prefeito.
Quem decide, em nível estadual, o que será destinado de verba para cada escola? O Diretor? CLARO QUE NÃO! O Professor? CLARO QUE NÃO! Quem decide é o secretário da educação e sua equipe! Decidem com base nas necessidades das escolas? Será? Alguém pergunta a um Diretor do que a escola está precisando? E se perguntasse, após ouvir a resposta, atenderia?
Vocês podem me perguntar: por que os diretores, então, não reclamam? Bom, nas Prefeituras, pelo Brasil afora, eles têm um bom motivo. Qual? Estão no cargo de Diretor de Escola, porque foram indicados por algum político ou são cargos de confiança do prefeito! Não criticariam o prefeito NUNCA, pois se assim o fizessem, teriam o mesmo problema da Maria Antonieta. Lembram-se dela? Aquela personalidade da história francesa, que teve sua cabeça cortada pela guilhotina.
Ah, você pode dizer “Vivemos em uma democracia!”. Será?
Viva em uma cidade do interior, ou converse com professores de escolas municipais ou diretores em pequenas cidades espalhadas pelo interior dos Estados. Faça uma pergunta simples: “Você defenderia suas convicções políticas abertamente em sua cidade? E se defendesse acredita que sofreria algum tipo de represália?”
Por que será que a Educação não melhora? Será por que, nos municípios, 70% dos desvios de recursos públicos (verba, dinheiro) afetam saúde e educação? Veja notícia de dezembro de 2016: http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/70-dos-desvios-nas-cidades-afetam-a-saude-e-a-educacao/
Quer mais? Notícia do início do ano de 2016: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-01/balanco-da-cgu-mostra-que-foram-desviados-r-2-bilhoes-da-educacao Nesta o desvio ocorreu na merenda! Conforme balanço da Controladoria Geral da União.
Se você, leitor, fizer uma pesquisa no Google usando a diretiva “desvios de verbas da Educação” verá que é uma lista enorme, de vários anos...

Este ano vemos diversos governantes, desde o Federal, até os prefeitos repetem, como um mantra, que “têm que cortar recursos da Educação por conta da crise!” Sim! Existe uma crise. Não de falta de recursos. Mas de mal uso de recursos! Eu estou dizendo? Não. A CGU, a mídia!

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