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João Delfiol Construções

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Analfabeto digital e a curiosidade

Fico pensando em como tem gente analfabeto digital. Muitas vezes este tipo de analfabeto tem inúmeros conhecimentos de outros assuntos, curso superior, mestrado, entre outros, mas em questões relacionadas à tecnologia é praticamente um ignorante.
Querem ver um exemplo disto?
Pensem em uma sala de audiência, onde se encontram várias pessoas da área jurídica. Entre eles, claro, advogados, e outros envolvidos no processo.
Quem está depondo, fica também atento ao que ocorre ao seu redor, ainda mais se a pessoa em questão for observadora, inteligente e bastante conhecedor de informática.
À medida que vai depondo, sobre uma questão ligada à assédio, ouve o “digitador”, perguntar ao advogado, porque o computador não reconhece o termo “assediando”. Por que o computador deixa a palavra sublinhada de vermelho?
Discutem os prováveis motivos. Pode ser que a palavra não exista!
Até que alguém sugere “Se não existe, melhor usar só assédio mesmo”.
Será que estas criaturas, que usam o computador diariamente nunca tiveram a curiosidade de descobrir, por que isto ocorre? Será que nunca clicaram com o botão direito do mouse sobre a palavra em questão e tentaram adicioná-la ao dicionário do equipamento? Será que nunca buscaram uma gramática para descobrir se há o referido termo ou não?
Isto me assusta ao ver pessoas “da lei”, que leem tantos livros, que usam uma verborragia legal nos discursos diante de leigos, não saberem coisas básicas sobre a nossa Língua?
Além de não terem a menor curiosidade com a língua materna, não possuem curiosidade para conhecer melhor o equipamento, que usam diariamente? Não precisa se transformar em um conhecedor profundo dos assuntos informáticos e seus meandros!
Não sou especialista em informática. Não fiz muitos cursos, mas o básico que aprendi há cerca de 17 anos, mais a minha inteligência, minha curiosidade e vontade de aprender, me fizeram continuar aprendendo a usar o equipamento, resolver questões básicas sem ter que chamar outros a toda hora para me ajudar. Aliás ajudo outros nestas questões!
Se temos advogados e outros desta área sem esta curiosidade de melhorar a utilização de um equipamento de seu cotidiano, será que sua curiosidade em pesquisar os assuntos da área jurídica existe? Será que são pesquisadores de sua área? Será que quando recebem um processo para analisar o fazem com seriedade e curiosidade científica? Será que o fazem com ética e neutralidade? Será que não se deixam influenciar pelo “ser invisível”, o Estado, que está a processar um funcionário com mãos de ferro e apetite voraz de um leão faminto?
Como estamos falando também de curiosidade e vontade de pesquisar, aprender, deixo algumas frases para refletirmos sobre isto:
“A curiosidade é mais importante que o conhecimento.” (Albert Einstein)
“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino” (Paulo Freire)


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