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João Delfiol Construções

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Intimidade indesejada ou viagens insólitas


Você já viajou de ônibus? Não? Com certeza não sabe o que é esta expressão, que intitula esta postagem.
Quem já viajou, como eu, tem inúmeras histórias para contar. Eu também tenho algumas, que vivi e outras que ouvi.
Nos ônibus vemos cenas chocantes! Quer visualizar uma?
Imagine-se sentado na segunda fileira de um ônibus, na primeira, grudada ao vidro do motorista uma mulher e duas crianças. Até aí nada de mais! A mulher com algumas sacolas, que ajeita aos pés. Seriam roupas? Presentes?
O ônibus começa a sair vagarosamente da rodoviária de uma cidade de interior do Paraná. Rodoviária pequena, pouco espaço para manobra dos ônibus, pessoas circulando, outros ônibus por ali. Cena normal de rodoviária!
De repente a mulher do primeiro banco começa a abrir as sacolas... Sai uma garrafa de café, um refrigerante, canecas. Depois... pães com bife frito! Inicia-se o estranho piquenique à bordo!
Eu que não pedi, na passagem, o cheiro do bife frito, as cascas de pão, nem o cheiro do café... tive tudo isto incluso!
Quer outra história? Esta é mais recente, mas não menos exótica! Também em outra viagem ao Paraná! Desta vez fomos, eu e minha mãe, saindo das proximidades de Bofete, com ônibus vindo de Campinas. Até aí nada de mais também! Ônibus lotado! Gente conversando! Vai e vem ao banheiro! Crianças chorando, gritando! Após as paradas... homens que retornam com cheiro de bebida! Já visualizou?
Parte deste povo desceu em Maringá, ainda estava escuro!
Seguimos viagem, com muita gente dentro do veículo! Pensa que acabou aí? O mais insólito, para não dizer vergonhoso, viria depois!
Quando o ônibus parou na rodoviária de Paranavaí, onde todos os demais desceriam, vi uma cena, que antes nunca tinha visto! Fiquei horrorizada! Você consegue imaginar o que seria? Não? Vou descrevê-la em detalhes!
Fomos saindo, pelo estreito corredor, tropeçando no lixo! Todo tipo de lixo: embalagens de salgadinhos, copos de água, latinhas de refrigerante, entre um banco e outro vômito, sobre outro banco uma fralda cheia (do quê?)... largada lá... Não estou exagerando! Nunca em minha vida, olha que já fiz inúmeras viagens, vi tamanha falta de educação!
Mas o por quê desta postagem intitulada intimidade indesejada?
Começa por aí. Dividirmos da vida e do lixo dos outros, mesmo que nós guardemos o nosso na sacolinha para depositar no local adequado!
Que mais?
Ouvimos as histórias de vida de outras pessoas, que contam detalhes de sua vida, em alto e bom som, a quem quiser ouvir... e quem não quiser também!
Neste final de semana ouvi uma destas histórias! Uma senhora e um senhor, ambos da mesma região do País, foram conversando durante a viagem! Ela contando, a um estranho, o local onde morava, quanto pagou no terreno, quantos filhos a filha tem, onde a filha trabalha, que ela, a senhora, cuida dos netos para a filha trabalhar, que ela, a idosa, tem sei lá... 7 ou 8 irmãos, que todos moram longe, que ela não os vê há mais de trinta anos!
Você que está lendo pode estar pensando, que eu tenho boa memória! Também! Sabe quantas vezes ouvi a mesma história, em alto e bom tom, e com riqueza de detalhes? Duas vezes! Não nomeei o bairro, porque não faria isto! Mas se fizesse, não estaria sendo indiscreta, pois no mínimo trinta e cinco pessoas ouviram todos os detalhes da vida dela, dos netos, da filha!
Imagine que, perto de você, estavam homens do Rio Grande do Sul. Ouvi um pouco da conversa deles também, claro, afinal estavam muito perto! Mas não sei a metade dos detalhes, pois meus ouvidos eram torrencialmente invadidos pela fala grave e altíssima da senhora e do senhor dos primeiros bancos! Onde eu estava? No meio do coletivo!
Aposto que você, leitor, tem suas histórias! Quem não tem? Quem não tem é porque nunca andou de ônibus, não os circulares,  mas sim os ônibus de viagens entres cidades ou Estados, onde o tempo compartilhado com 40 pessoas ou mais é maior! As histórias,  então!  


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