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João Delfiol Construções

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Acidente de trânsito: experiência e indignação!

Gosto de escrever textos, que tragam informações úteis para os leitores, muitas delas foram utilizadas por mim, em algum momento, ou são buscadas por diversas pessoas no meu local de trabalho.
Nesta semana eu e uma amiga fomos vítimas de um acidente em uma rodovia pedagiada. Coloco fomos vítimas, porque o carro foi jogado fora da pista por uma carreta branca, cujo motorista fugiu, sem se quer olhar para trás. Temos testemunhas, inclusive da própria concessionária, do ocorrido.
Infelizmente neste momento de desespero, não conseguimos fotografar, muito menos ver a placa do veículo.
Um  funcionário, da própria, rodovia, após verificar se estávamos bem, tentou seguir o caminhão, que já ia longe e ver a placa e passar a informação para a polícia rodoviária.
Próximo ao local, que devido a obras próximas na própria rodovia, estava muito bem sinalizado, com um funcionário a um quilômetro ou dois da interdição, avisando com uma bandeira laranja, bem como diversos cones grandes também laranjas, demonstrando a necessidade trafegar na única pista disponível.
Após o ocorrido e as providências tomadas junto à seguradora, como sabem a franquia é por conta do segurado, o que equivale a dizer, que terei que pagar cerca de R$ 2.000,00 para consertar o estrago feito pelo indivíduo irresponsável, que tem CNH e dirige uma carreta, como se estivesse dirigindo um inofensivo kart. Outra coisa, fui prejudicada em minha rotina de trabalho, pois o meu carro é utilizado, também, para compromissos profissionais. Além destes prejuízos, há também a nossa parte emocional, que fica abalada!
Após este breve relato sobre o fato, vou elencar as ações que devemos tomar em uma situação dessas. Algumas fizemos, outras não.
1.    Anotar a placa do carro (atropelador), se possível tirar uma foto;
2.    Acionar a Concessionária responsável pela rodovia pelo 0800;
3.    Acionar a seguradora responsável pelo seu seguro;
4.    Tirar fotos do carro, como um todo, principalmente das partes danificadas; do local do acidente, mostrando se estava bem sinalizado ou não;
5.    Levar o carro (documentos do veículo e CNH do motorista e/ou proprietário), mesmo guinchado, ao posto mais próximo da Polícia Rodoviária, pois para confeccionar o Boletim de Ocorrências eles solicitarão isto, bem como tirarão fotos do mesmo, acompanhados pelo proprietário;
6.    Se tiver testemunha leve-a também até a Polícia Rodoviária para a elaboração do B.O. Se ela não for, mesmo que você tenha foto desta pessoa, saiba o nome dela, ela não será “qualificada”, ou seja, não constará no B.O.
7.    Se tiver câmeras ou radares na Rodovia e você não tiver a placa do carro ou caminhão, que bateu no seu veículo, você pode solicitar as imagens à Concessionária, no caso de rodovia pedagiada, mas  quem deverá fazer esta solicitação será o Delegado de Polícia ou um Juiz.
8.    As concessionárias não enviam estas imagens ao cidadão comum, vítima, porque a outra parte (o cara que atropelou seu carro), porque ele, coitado, pode se sentir lesado e acionar a Empresa judicialmente.
9.    Quando o guincho da seguradora vier retirar seu carro, também é interessante, que fotografe o processo, bem como detalhes importantes: quantidade de combustível no tanque; itens que estão no carro: triângulo e chaves; estepe (se não for usado, fotografe detalhes, que comprovem isto); extintor; rádio.
10. Faça um arquivo dos documentos e fotos referentes ao acidente.
            Fiz boa parte do que indiquei. Há coisas que não fiz, porque na hora somos tomados pelo pânico, raiva e nervosismo, mas a concessionária ou o soldado da Polícia Militar solicitou ou orientou a respeito.
            Outra coisa se a Polícia Rodoviária estiver “trocando o turno”, você poderá esperar. Dependendo do horário, seu boletim sairá somente daí a dois dias, se estiver terminando o turno.
            Você pode estar lendo, pensando a pessoa não teve sorte. Coitado do caminhoneiro!
Acidentes envolvendo carretas/caminhões não são raros. Basta ler as notícias de sua cidade, de sua região.
Na minha família temos três vítimas. Uma delas faleceu com 40 anos, após o carro dela ser atingida de frente por uma carreta, que trafegava na contramão. Deixou dois filhos adolescentes. Outra vítima, que estava de moto, em uma grande cidade foi derrubado por uma carreta e teve a perna esquerda rasgada da bacia até perto do joelho. Não foi socorrido pelo caminhoneiro! Foi socorrido pela Polícia, depois de  ter juntado as partes de pele da perna. A outra vítima é esta que vos fala! Felizmente saí sem quebrar nada, apenas dores em um dos braços, um enorme hematoma na perna esquerda e feridas emocionais, porque nunca mais passarei por aquele lugar, sem lembrar que ali, eu e uma amiga, fomos jogadas fora da pista com enorme violência, quase fomos espremidas na Serra, pois a rodovia em questão, neste local, é um longo trecho de serra, muito íngreme e sem acostamento!
Fico pensando nas mulheres da família deste motorista desta carreta, que, acredito, também sejam motoristas e precisem se locomover em suas cidades, em suas regiões para trabalhar, para levar os filhos à escola, se tiverem a “sorte” de encontrar uma carreta enorme, em um local sem acostamento, dirigida por um sujeito como seu marido, irmão, tio, pai!



Comentários

catléia disse…
Uma informação que não acrescentei, mas o Delegado só solicita imagens das câmeras das rodovias se no acidente houve morte! Fora isto, precisa entrar com advogado evpagar! DURMA-SE COM UM BARULHO DESTES!

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