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João Delfiol Construções

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Nós e os nós da incerteza

Nós, que trabalhamos na Educação, com o passar do tempo, mudança de função, de escolas, de cidade vamos ganhando experiência e observando cada vez mais o outro profissional ao nosso lado, mesmo que este convívio não seja diário.
Não vou citar nomes, nem escolas, nem cidades em respeito aos envolvidos.
Atuei, por um período de cerca de um ano, em uma escola com cerca de mil alunos. Na função, na qual atuava, tinha contato direto e diário com professores e também, claro, com as alegrias e dilemas de cada um nesta profissão.
Neste mesmo local convivi com duas professoras, que tiveram síndrome do pânico.
Agora soube, onde resido atualmente, de ao menos duas profissionais, próximas a mim, que já tiveram ou ainda têm a mesma doença.
Além delas, é cada vez mais comum, termos notícias de pessoas, que tiveram ou têm depressão.
Hoje conversei com uma docente, que está vivenciando este duro momento em sua vida. 
Com mais de trinta anos de trabalho. Atua em uma escola, onde é muito bem quista por todos!
Esta pessoa, nas diversas vezes, que tive contato com ela, conversamos, falamos do trabalho, sempre demonstrou muita vivacidade, motivação e alegria em trabalhar na atividade, que vem realizando há alguns anos. Muito falante, alegre, comunicativa. Muito envolvida com o alunado e trabalhando para a melhoria da aprendizagem deles.
Hoje a vi, em outro ambiente, após cerca de um ano, sem conversar e sem ter muitas notícias dela.  Está com depressão!
No meio da nossa conversa, uma das coisas que a têm afligido muito, é a incerteza do futuro. Neste ano está nesta função, que já foi ameaçada de extinção pelos órgãos superiores. Agora, próximo do final do ano, não sabe se no ano que vem estará na mesma escola, se estará na mesma função, se terá que ir para outra cidade...
Todos os anos, nós, professores passamos por períodos de grandes incertezas em nossa vida profissional! Chega este período de término de um ano, as escolas já se preparando para o próximo, que começa este sofrimento!
Se para muitos, com boa saúde, lidar com a incerteza deste período, é difícil, imagino o quanto está sendo martirizante para esta docente!
Fui buscar informações sobre esta doença e é assustadora a quantidade de professores, que são afastados das salas de aula por este motivo.
Vi uma notícia, de um Estado do Sudeste, na qual se tratava deste assunto. Como em toda notícia, a Secretaria do Estado, se posiciona e fala dos projetos voltados à saúde do trabalhador! Não fala nada das queixas dos docentes, que os levam a adoecer: salas lotadas, escolas com sérios problemas de infraestrutura, violência do entorno que invade as salas de aula! Não, destes problemas as Secretarias Estaduais de Educação não falam!
Há diversas  motivações para o início da depressão, problemas no trabalho é uma delas!!!
Não é o caso da docente citada aqui!
A ela desejo o pleno restabelecimento de sua saúde, de sua alegria, de sua vivacidade! Pude ver que tem o inestimável e importantíssimo apoio do esposo! Que ambos possam atravessar por esta fase com companheirismo e muito amor!

Tenho certeza também que os inúmeros amigos, que ela tem na cidade onde mora, darão a ela todo o apoio e carinho, que ela merece! 

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