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João Delfiol Construções

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Questão de vocabulário

De vez em quando gosto de falar sobre Educação, afinal sou da área. Há muita gente que fala sobre educação, tendo como experiência no assunto o fato de ter se sentado nos bancos escolares seja no ensino fundamental, no médio ou no superior, mas se acha um entendido no assunto, porque em algum momento alguém deu a ele a prerrogativa de falar sobre. Mas não tratarei aqui sobre estes cidadãos, mas abordarei uma característica da Educação, acredito eu, de outras áreas também.
Nesta minha caminhada no Magistério vamos sendo iniciados, desde o ensino médio, no vocabulário específico da Educação, seja cursando uma Licenciatura em Letras, seja em História, não importa. Com o passar dos anos e a experiência docente, seja em sala de aula, na Direção de uma escola, na Coordenação vamos aumentando nosso vernáculo. Claro, que muito se deve aos educadores célebres, teóricos, que lemos, estudamos para concursos, para aprender mais, em reuniões de trabalho pedagógico nas escolas, em orientações técnicas nas Diretorias de Ensino, Núcleos Regionais de Educação, Secretarias da Educação. Acredito que você, leitor perspicaz, já percebeu, que neste parágrafo já comecei a usar alguns termos da área, mas há uma infinidade deles, que vêm e vão de acordo com as correntes pedagógicas em voga, com os partidos políticos no poder.
Não vou traçar aqui uma linha histórica dos termos pedagógicos, pois este não é o objetivo deste texto, porém irei apresentando-os um a um.
Reciclagem. Já ouviu falar? Claro que ouviu. Muito utilizado atualmente para falar da reutilização de recursos para evitar a carência dos mesmos. No caso em tela esta palavra foi utilizada em uma expressão muito comum há alguns anos: cursos de reciclagem.
O tempo passou e este termo caiu em desuso estimulado pela fala de que “ninguém recicla pessoas”. O caro leitor poderia pensar, então, que o curso ficaria sem um sobrenome. Que nada. Já se chamaram cursos de atualização, cursos de capacitação, e por aí vai.
Há algum tempo se falava muito em projetos e portfólios. Era projeto para cá, portfólio para lá. Não sabe o que é um projeto? Não, não é o croqui de uma casa. Um projeto é uma sequência de atividades baseadas em um tema, que serão desenvolvidas pelos alunos, orientada e acompanhada pelo Professor e que prevê avaliação das etapas ou ao final do projeto, um produto final, que pode ser uma maquete, um relatório, uma exposição.
E o portfólio? Há algumas outras áreas que usam esta ferramenta. Em fotografia, por exemplo, os fotógrafos têm seus portfólios também. Neles estes profissionais reúnem uma mostra de seus trabalhos contendo as melhores ou mais importantes fotos de sua carreira, pois desta forma apresentam o seu trabalho aos clientes. Atualmente podemos utilizar o Flickr para fazer isto ou outro site ou aplicativo, que possa arquivar nossas fotos. No caso da educação o objetivo do portólio é também mostrar o percurso do aluno e/ou do professor, bem como a evolução da aprendizagem e os resultados das intervenções do docente. Você estava achando que era só artista que fazia intervenção? Que nada. O professor também faz. A intervenção do professor no processo de aprendizagem se faz necessária para corrigir os rumos da aprendizagem dos alunos, seja sanando dúvidas, propondo atividades diferenciadas, diferentes agrupamentos da turma.
Falei em agrupamento você já deve estar pensando nos trabalhos em duplas, trios ou grupos, não é? Atualmente se fala em agrupamentos produtivos, onde o aluno que sabe mais pode ajudar o que sabe menos, assim um aprende com o outro. Claro que para isto ocorrer é preciso mudar uma cultura instalada entre alunos, seja de qual nível for, de que um aluno manda, o outro faz, e os demais ficam olhando. Ah! Esqueci. Pode ter uma artista, que queira fazer a capa... Não precisa mais, não é, pode ser feito direto no computador.

Poderia continuar abordando mais e mais termos, mas ficará para um próximo texto, pois não quero cansar meus leitores. E daí? Gostou? Então comente!

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