Você
já parou para pensar no tanto de serviços públicos ou privados, que pagamos,
mas não levamos?
Sim!
Não levamos! Porque o serviço contratado não ocorre como informado no ato da
contratação ou pagamos, por meio de inúmeros impostos, mas ao precisarmos dos
mesmos as dificuldades são tantas, os empecilhos são tamanhos, os prazos são
tão longos, que nos vemos obrigados a pagar, novamente, por um serviço que já
pagamos aos Governos: Federal, Estadual, Municipal.
Vou
começar falando dos serviços de telefonia móvel. Você contrata um plano, que
promete infinitos recursos (ligações, internet), mas com o passar do tempo a
operadora muda as regras, você tenta acessar a internet e aparece aquela
mensagem “Você já utilizou o limite de sua franquia. A velocidade de conexão
está sendo diminuída”.
Neste
diminuída entenda-se: você não vai conseguir abrir NADA, NADA, NADA!
Aí
você acha que se mudar de um plano pré pago para outro, terá um serviço melhor,
contrata um plano com valor fixo, mais dez reais de créditos adicionais, mais
internet sem limites, etc, etc, etc. No começo tudo corre bem, você fica até
feliz com o serviço! Mas o tempo passa e
o valor pago acaba muito antes dos trinta dias do mês, mesmo sem você falar
muito ao telefone, sem acessar a internet... A operadora envia o aviso que os
valores de sua franquia acabaram!
Detalhe
importantíssimo: é a maior dificuldade para você ter acesso a uma planilha
mensal de seus gastos! Desta forma as operadoras deitam e rolam, fazem o que
querem!
Vamos
falar um pouco dos serviços públicos, mas não todos, vou falar da saúde, que é,
assim como outros, UM DIREITO DO CIDADÃO E DEVER DO ESTADO!
De
onde vêm os recursos para a saúde? Assim como outras áreas estes recursos são
oriundos dos inúmeros impostos, que pagamos diariamente. Para ficar só nos mais
conhecidos vamos elencar alguns: ICMS, IMPOSTO DE RENDA. Este último pago
diretamente por meio de descontos mensais e polpudos dos holerites dos
funcionários públicos leva boa parte de nosso pagamento embora... Retorna? De
que forma? NÃO, NÃO, NÃO, NÃO!
Quer
um médico? Se for ao SUS... Jesus! Se for ao convênio pago pelos funcionários
públicos... dificilmente terá exames na cidade onde mora; consultas com prazos
longos...
Detalhe:
na cidade onde moro somente uma universidade pública atende o citado convênio.
Esta mesma instituição tem uma lista enorme de convênios que atende: SUS,
IAMSPE, SUL AMÉRICA, entre outros, a maioria convênios particulares!
Você
tenta ser atendido nesta instituição, tenta marcar consulta com determinado
especialista e ouve, da recepcionista do setor de convênios, tenta marcar algo
pelo convênio público, pago à parte, descontado mensalmente do seu salário,
além dos impostos, que já pagamos:
- o
Doutor X não tem mais “cota” para novos pacientes;
- não
abriu a agenda do Doutor Y; vai abrir no final do ano;
-
exame A, B, C... só tem no CEAMA de Sorocaba ou Bauru!
-
internação de emergência? FAÇA SUA CARTEIRINHA DO SUS!
- atendimento
no PRONTO ATENDIMENTO? 10 senhas por dia, a senhora deverá estar aqui antes das
8 horas, quando são distribuídas as senhas. SÃO SOMENTE 10 SENHAS POR DIA!
Você
acredita que, se a instituição tem uma OUVIDORA, que reclamar para esta pessoa,
exigir seus direitos trará alguma resposta positiva... QUE NADA!
O que
a “ouvidora” responde? “É assim mesmo com este convênio! Não tem o que fazer!”
Esta
situação de inúmeras regras, que limitam ao máximo o atendimento ao
CLIENTE/USUÁRIO/ CONSUMIDOR fazem com quem haja um grande número de pessoas que
pagam, mas não utilizam os serviços, desta forma sobrando mais dinheiro para o
próprio convênio...
Como é
a situação em outros hospitais públicos? Basta você precisar, que verá como
será atendido.
Se não
conhecer alguém influente, um político (vereador, prefeito, deputado...) não
conseguirá atendimento decente, digno, compatível com os valores, que você paga
ao Governo todos os dias.
O
atendimento para as pessoas comuns será de acordo com as possibilidades: maca
no corredor; grávidas aguardando o parto na salinha de espera sem saber se terá
vaga para dar à luz seu filho; seu pai/seu filho dá entrada (urgência) no
hospital e fica internado semanas sem saber se fará a cirurgia necessária...
Tudo
isto que escrevi ninguém me contou, nem assisti na TV em um filme de ficção!
Vivi (vivo) isto na minha família!
Comentários