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João Delfiol Construções

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Pagamos, mas não levamos!

Você já parou para pensar no tanto de serviços públicos ou privados, que pagamos, mas não levamos?
Sim! Não levamos! Porque o serviço contratado não ocorre como informado no ato da contratação ou pagamos, por meio de inúmeros impostos, mas ao precisarmos dos mesmos as dificuldades são tantas, os empecilhos são tamanhos, os prazos são tão longos, que nos vemos obrigados a pagar, novamente, por um serviço que já pagamos aos Governos: Federal, Estadual, Municipal.
Vou começar falando dos serviços de telefonia móvel. Você contrata um plano, que promete infinitos recursos (ligações, internet), mas com o passar do tempo a operadora muda as regras, você tenta acessar a internet e aparece aquela mensagem “Você já utilizou o limite de sua franquia. A velocidade de conexão está sendo diminuída”.
Neste diminuída entenda-se: você não vai conseguir abrir NADA, NADA, NADA!
Aí você acha que se mudar de um plano pré pago para outro, terá um serviço melhor, contrata um plano com valor fixo, mais dez reais de créditos adicionais, mais internet sem limites, etc, etc, etc. No começo tudo corre bem, você fica até feliz com o serviço!  Mas o tempo passa e o valor pago acaba muito antes dos trinta dias do mês, mesmo sem você falar muito ao telefone, sem acessar a internet... A operadora envia o aviso que os valores de sua franquia acabaram!
Detalhe importantíssimo: é a maior dificuldade para você ter acesso a uma planilha mensal de seus gastos! Desta forma as operadoras deitam e rolam, fazem o que querem!
Vamos falar um pouco dos serviços públicos, mas não todos, vou falar da saúde, que é, assim como outros, UM DIREITO DO CIDADÃO E DEVER DO ESTADO!
De onde vêm os recursos para a saúde? Assim como outras áreas estes recursos são oriundos dos inúmeros impostos, que pagamos diariamente. Para ficar só nos mais conhecidos vamos elencar alguns: ICMS, IMPOSTO DE RENDA. Este último pago diretamente por meio de descontos mensais e polpudos dos holerites dos funcionários públicos leva boa parte de nosso pagamento embora... Retorna? De que forma? NÃO, NÃO, NÃO, NÃO!
Quer um médico? Se for ao SUS... Jesus! Se for ao convênio pago pelos funcionários públicos... dificilmente terá exames na cidade onde mora; consultas com prazos longos...
Detalhe: na cidade onde moro somente uma universidade pública atende o citado convênio. Esta mesma instituição tem uma lista enorme de convênios que atende: SUS, IAMSPE, SUL AMÉRICA, entre outros, a maioria convênios particulares!
Você tenta ser atendido nesta instituição, tenta marcar consulta com determinado especialista e ouve, da recepcionista do setor de convênios, tenta marcar algo pelo convênio público, pago à parte, descontado mensalmente do seu salário, além dos impostos, que já pagamos:
- o Doutor X não tem mais “cota” para novos pacientes;
- não abriu a agenda do Doutor Y; vai abrir no final do ano;
- exame A, B, C... só tem no CEAMA de Sorocaba ou Bauru!
- internação de emergência? FAÇA SUA CARTEIRINHA DO SUS!
- atendimento no PRONTO ATENDIMENTO? 10 senhas por dia, a senhora deverá estar aqui antes das 8 horas, quando são distribuídas as senhas. SÃO SOMENTE 10 SENHAS POR DIA!
Você acredita que, se a instituição tem uma OUVIDORA, que reclamar para esta pessoa, exigir seus direitos trará alguma resposta positiva... QUE NADA!
O que a “ouvidora” responde? “É assim mesmo com este convênio! Não tem o que fazer!”
Esta situação de inúmeras regras, que limitam ao máximo o atendimento ao CLIENTE/USUÁRIO/ CONSUMIDOR fazem com quem haja um grande número de pessoas que pagam, mas não utilizam os serviços, desta forma sobrando mais dinheiro para o próprio convênio...
Como é a situação em outros hospitais públicos? Basta você precisar, que verá como será atendido.
Se não conhecer alguém influente, um político (vereador, prefeito, deputado...) não conseguirá atendimento decente, digno, compatível com os valores, que você paga ao Governo todos os dias.
O atendimento para as pessoas comuns será de acordo com as possibilidades: maca no corredor; grávidas aguardando o parto na salinha de espera sem saber se terá vaga para dar à luz seu filho; seu pai/seu filho dá entrada (urgência) no hospital e fica internado semanas sem saber se fará a cirurgia necessária...
Tudo isto que escrevi ninguém me contou, nem assisti na TV em um filme de ficção! Vivi (vivo) isto na minha família!


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