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João Delfiol Construções

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RETROSPECTIVA DO BLOG

Criado com o Padlet

Desafio literário no Facebook

Está acontecendo no Facebook um desafio, que consiste em postar um poema por dia, e a cada dia desafiar quatro dos seus amigos a fazerem o mesmo.
Gostei da proposta e estou participando, porém desafiei a mim mesma a escrever os poemas e não postar poemas conhecidos, assim seria também um exercício criativo de escrita e de reflexão sobre a vida, sonhos, projetos, a escrita.
Abaixo os poemas, que redigi para o desafio, que vou postar aqui.

1º dia


Sentimentos do outono

O outono toca o apito do trem
Velho trem, de carga, que desliza pelos trilhos
Da bela, antiga, estação abandonada
Prometeram restaurá-la. Que nada!

O outono toca o leve e frio vento
Que sopra do Sul e varre a Cuesta
Esfria a face da bela jovem
E o corpo desnutrido do homem que dorme ao relento.

O outono toca minha visão
Que fica embevecida com suas cores
O amarelo do ipê
O ipê rosa
As flores brancas e translúcidas do ipê
Chuva constante durante o dia
Forrando o chão de branco.

O outono toca a suave música
Que emana do sino do Santuário                                
No ponto as pessoas se aglomeram
Se aquecem e o ônibus esperam.

O outono brasileiro e suas cores
Suas formas, suas dores, suas flores, amores
O caminho do outono vai dar
Em muitos lugares, praças, ruas
Da cidade dos Bons Ares.


Outono de 2015.

2ª dia

Quatro poemas

Tantos são os versos, estrofes, palavras, rimas
Qual deles mais gosto? Quantos li na vida?
Quais poetas mais me tocam? Os que falam da lida?
Os que falam do amor? Que se dedicaram a dura lavra?

Vinicius cantou a mulher, o amor, a vida
Florbela Espanca cantou o amor, a dor, sofrimento
Gregório, o Boca de Inferno, de versos ferinos
Olhar crítico sobre tudo: a vida, o sentimento.

Do que trata este poema? Deles.
Poetas, poetisas, e sua labuta diária
Debruçar-se sobre palavras, sons, combinações
Ler, reler, reescrever, refazer, soltar versos ao vento, doce brisa.

Brisa que os leva pelas ruas, estreitas, becos
Leva até os ouvidos da mulher, da menina, do menino
Do soldado, que marcha, que canta o hino
Desta que escreve este poema, enquanto brinca de rima.

Outono, de 2015

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