Tenho
observado em mim e em pessoas que me rodeiam mudanças na capacidade de concentração. A que se devem
estas mudanças? Não vou falar de aspectos científicos, pois não sou
especialista, mas vou tratar, como é a proposta deste blog, de impressões
minhas sobre o assunto.
Trabalho
em um ambiente com mais pessoas, na mesma sala, mais de dez. Vários telefones
que tocam, as vezes ao mesmo tempo, outras em tempos alternados, mas sempre com
barulhos, uns mais altos, outros mais baixos.
As pessoas também conversam atendendo os telefones, entre si, atendendo
pessoas nas salas ao lado, pessoas que adentram a nossa sala em busca de alguma
informação.
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Fonte da imagem: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=435 |
Diante
deste espaço cheio de ruídos, quando preciso realizar um trabalho, que exija
maior concentração, busco outra sala, de uso comum, ao lado para tentar me
concentrar mais, mas nem sempre consigo. Na referida sala também tem telefone,
tem pessoas que usam o espaço também, enfim, o tempo todo estamos em locais,
que nos distraem seja pelo barulho dos telefones, seja os sons dos
computadores, seja a conversa, necessária, dos colegas trabalhando. Também
preciso, muitas vezes durante o dia, parar o que estou fazendo para atender o
telefone, o que faço sempre, pois entendo a necessidade do outro em ter
determinada informação naquele momento.
Com
estas interrupções tenho percebido, que minha capacidade de concentração
diminuiu, pois, por vezes, paro de digitar um texto, quando retorno a ele, não
sei, o que estava esclarecendo. Procuro fazer um roteiro (rascunho) das
respostas aos expedientes diários como forma de ter uma sequência e não perder
informações. Isto ajuda, mas devido às urgências, acabo fazendo isto mais com
análises de documentos cujos textos são mais longos, por exemplo, um plano
escolar. Em respostas mais curtas tento fazer este roteiro mentalmente, mas nem
sempre isto se mostra eficiente, pois as vezes uma informação ou outra se perde
durante as inevitáveis interrupções.
Você
poderia dizer que é coisa da idade, afinal, como se vê na descrição de meu
perfil neste blog, tenho mais de quarenta anos!
Observo
jovens que trabalham comigo e outros com quem tenho contato no meu cotidiano,
que padecem desta memória de curto prazo ineficiente. Há um certo jovem que, se
não anotar o que se fala, não consegue depois transmitir um recado. Há outro,
com quem tive contato recentemente, que me atendendo, em um cartório, distraído
com o celular no facebook, não atentou para o que eu solicitei e fez o serviço
parcialmente. Relatei esta experiência aqui no blog.
Tenho
percebido em mim, que as vezes, foi me dito algo, e em seguida tento lembrar, o
teor da conversa, mas não consigo.
Percebo
também, que, por vezes, estando no computador, em casa ou no trabalho,
realizando algo, acabo esquecendo o motivo principal de meu acesso a ele. O que
estava buscando mesmo? Qual mensagem precisava responder? Que site ia abrir?
Nunca
fui boa em com agendas (impressas). Primeiro porque, no início do ano, são
muito caras. Depois, porque não gosto daquelas grandes, que você precisa de uma
bolsa para carregá-las. As menores também pesam e acabam sendo um peso a mais
na bolsa feminina, que, em geral, já é pesada! Desde o ano passado coloco meus
compromissos no bloco de notas do celular. Criei, em minha memória, um esquema
com as cores disponíveis no aplicativo para compromissos realizados, a
realizar, lembretes gerais. Isto tem ajudado, pois consulto-o e verifico o que
tenho a realizar e as datas. O bom disto é que o celular está sempre comigo.
Também me ajudou muito!
Me
sinto, as vezes, com um certo pessoa, que precisa registrar tudo de sua vida
diária em um suporte à memória, pois não consegue organizar sua vida, pois sua
memória de curto prazo não o ajuda nesta tarefa.
Que
mudanças a tecnologia atual está operando em nós? Computadores, tablets,
celulares, iPads? E as mídias sociais: facebook, twitter, instagram, linkedin,
skoob, flickr, form.spring, e outras tantas...?
O
desafio que deixo aqui, aos leitores, é se observar, observar sua rotina no
trabalho e em casa, e comparar você com você mesmo: ontem e hoje. Quais
mudanças percebe em você? Como era sua rotina antes e depois do computador e da
internet? E sua memória? Continua a mesma?
Comentários
"Gostei, sim, Maria! Comentei sobre a questão da desidratação se acentuar depois dos 40, 50 anos, que não podemos esperar ficar com sede pra beber água ou comer alimentos que ns rehidratem, pois sentimos confusão mental por isso, além do strees e pelos estímulos como vc descreveu no texto, que isso tudo consome nossa mente, daí que a priordade que damos ao atendimento no trabalho e na criatividade no desempenho das tarefas tira da mente a energia e o desempenho da memória curta.
E mais, que não terminara de escrever: que o uso de equipamentos acaba acomodando as habilidades mentais, e as distrações e estímulos perturbam a continuidadd do foco e concentração, e no final das contas, sempre a memória curta acaba sendo prejudicada... quase científico, mas puro empirismo... rsrsrs