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João Delfiol Construções

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Do que é feito um texto?

Do que é feito um texto? Talvez o leitor imediatamente responda: “De palavras”. Eu digo que não. Um amontoado de palavras não faz um texto. Frases desconexas não fazem um texto. Garatujas não fazem um texto.
Um texto é muito mais do que um amontoado de palavras. Para escrever este texto, recorro ao conhecimento adquirido nas muitas aulas de Língua Portuguesa, que me deram o embasamento para utilizar os artigos, substantivos, adjetivos, verbos, numerais, advérbios, bem como juntá-los de tal forma a formar frases, períodos, que são conectados pelas conjunções, preposições.
Quando escrevo, atualmente, após ter estes conhecimentos implícitos no meu ato de escrever, tal como motorista experiente não fico pensando se isto é um advérbio ou um verbo, nem onde ele irá.
Quando escrevo um texto, seja ele qual for, também recorro a leituras, que fiz, a conversas que tive com outras pessoas, a programas que assisti.
Não escrevo somente porque fui ensinada a escrever. A educação básica me deu os conhecimentos básicos da Língua Escrita, que foram aprofundados na Faculdade de Letras, mas também não tive nestas formações propostas de escrita de gêneros diversos.
Quando fiz a educação básica, os professores mal nos deixavam falar. Aula dialogada? Nem se falava nisto. As redações eram poucas. Biblioteca na Escola? Nunca entrei em uma. Havia, no terreno do prédio da Escola, uma casa, que diziam que era a biblioteca, mas nunca a vi aberta aos alunos. Mais tarde no Ginásio, em novo prédio, recém-inaugurado, havia uma biblioteca, pois as portas eram de vidro, mas nunca nenhum professor, que eu me lembre, nos levou até lá.
Na faculdade tive acesso à Biblioteca, que tinha um acervo muito bom, cujo espaço era muito bem iluminado. Neste local estudávamos para as provas, em uma sala, onde ficava a hemeroteca. Uma sala pequena, nos fundos da biblioteca, com uma mesa quadrada no centro, uns sofás vermelhos para sentarmos e fazermos nossas leituras. Tinha uma bibliotecária, a D. Maria Sandri, que gentilmente atendia os alunos.
Além desta biblioteca, mas na mesma época, tive acesso a uma biblioteca particular, da D. Lúcia, nossa vizinha. Ela abriu as portas de sua biblioteca e tive acesso aos livros, de cada dura, de literatura brasileira. Li praticamente todos os livros do Fernando Sabino, que levava para o ponto de ônibus, onde esperava o transporte lendo um livro ou estudando para as provas. Lia também os livros solicitados pelos Professores da faculdade.
Nesta época não escrevia muito, mas lia muito. Via amigos, que tinham uma facilidade enorme para escrever, como o Pedro Nóbrega, que escrevia poemas durante as aulas. Das mãos fortes do pedreiro saíam versos e rimas, que eram escritos, as vezes, no caderno das amigas, ou no jornal do Centro Acadêmico.
Continuo lendo, assuntos relacionados ao meu trabalho, jornal, revistas sobre fotografia, blogs.
Destas leituras, das conversas, surgem as ideias para escrever meus textos. Das minhas vivências, das histórias de vida de amigos e parentes. Meus textos se alimentam de vida. Se alimentam de ficção. Se alimentam do cotidiano.
Mas o que me estimulou a escrever?
Falarei sobre isto em um outro texto, em uma nova postagem. Aguarde!

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