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João Delfiol Construções

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Leitura X redações zeradas no Enem

Há cerca de 6 anos tenho este blog, no qual, nos últimos anos, tenho feito postagens regulares sobre diversos assuntos, que recebem comentários dos leitores, elogiando, criticando ou solicitando informações. Não, não escrevi maiores informações, porque no caso em questão, são informações que estão explícitas nos textos sobre o referido assunto e nos diversos comentários respondidos anteriormente por mim.
Qual seria este assunto? Por que muitas pessoas que visitam estas postagens enviam perguntas, que poderiam ser respondidas com a leitura do próprio texto?
Tenho, se não me engano, três textos falando sobre Enem e eliminação de matérias. Eles foram escritos devido a uma necessidade, que percebi, no meu trabalho, onde muitas vezes as pessoas comparecem ou ligam para perguntar coisas, que não encontram facilmente, ou com uma linguagem mais adequada, em sites oficiais.
Recentemente, por receber perguntas, que já foram respondidas por mim, sobre este assunto, fiz um compilado de todas elas e suas respostas em uma nova postagem, objetivando com isto, que o leitor pudesse simplesmente ler as questões e as respostas, desta forma encontrar a resposta para sua pergunta. Digamos que seria uma espécie de FAQ sobre Enem e eliminação de matérias.
Esta semana recebi duas perguntas sobre este assunto, devido ao grande número de visitas, logo após a divulgação dos resultados do Enem, ocorrida na semana anterior.
Por que estou retornando a este assunto?
Porque podemos fazer dois links com outros dois temas, que abordamos em nossas conversas diárias, em especial, quando se juntam Professores conversando sobre alunos, ou ainda, quando lemos comentários de especialistas sobre leitores e leitura no Brasil.
Um destes links seria o fato de o brasileiro, em geral, ler pouco. Menos se comparado a outros países mais desenvolvidos.
O outro link seria com o fato, percebido por Docentes, que os alunos não conseguem se utilizar das inúmeras informações existentes na web, pois ao se solicitar a eles uma pesquisa, muitos simplesmente digitam o assunto no Google, em seguida, visitam a(s) primeira(s) páginas dos resultados, em seguida, copiam e colam no word, sem ao menos citar a fonte, como se o texto(?) fosse obra dele.
De posse destas duas constatações, que o brasileiro lê pouco, que o aluno não sabe pesquisar, temos os motivos pelos quais tivemos um enorme número de redações zeradas no Enem realizado em 2014.
Estas duas constatações estão interligadas. Por ler pouco o jovem não tem um vocabulário mais elaborado, por não tê-lo e também por ser imediatista, não realiza pesquisa. Copia e cola! É o jeito mais fácil de se desvencilhar da obrigação escolar, usar o tempo que sobrou para fazer outras coisas, que considera mais úteis, talvez, assistir televisão, jogar no Xbox, ficar no facebook postando conteúdos feitos por outros, ou ainda de bate papo com algum amigo, ou no whats up discutindo "como salvar o mundo”!
Se buscarmos na internet a expressão “o brasileiro lê pouco” teremos uma série infindável de textos, de diversos anos, nos quais se abordou o assunto, possíveis causas disto, as ações (?) em prol da leitura.
Se há tantos anos se discute o assunto, as causas, as propostas de solução, por que não se muda este panorama?
Segundo dados do Censo, 2013, citados pelo Jornal “O Globo”, somente 35% das escolas têm biblioteca.
Há relatos de educadores/gestores, que comprovam que, em muitas escolas, a biblioteca deixa de existir para atender a demanda, ou seja, perde-se um espaço pedagógico de imenso valor para abrir uma sala de aula, ou ainda para ser sala de reforço escolar, laboratório de informática ou outros. Não que estes espaços não sejam necessários, mas a biblioteca precisa sempre ser a “bola da vez” para ser sacrificada?
Como formar leitores sem bibliotecas e sem livros? Como está a biblioteca/sala de leitura de sua escola? Quais as atividades realizadas neste espaço visando disseminar a leitura? Com qual frequência estes acervos recebem novos livros que sejam mais atrativos ao alunado?
 Para pensarmos sobre o assunto, duas citações de Monteiro Lobato:
“Quem não lê, mau ouve, mau fala e mau vê.”
“Um país se faz com homens e livros.”

Referências dos dados sobre as Bibliotecas escolares no Brasil:

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