Pular para o conteúdo principal

João Delfiol Construções

João Delfiol Construções

RETROSPECTIVA DO BLOG

Criado com o Padlet

Memórias e histórias da fotografia

Quando eu era criança, moradora de sítio, mais tarde de cidade, mas cidade pequena, de interior, tinha aversão à fotografia. Chorava, quando tinha que posar para uma foto. Talvez porque a fotografia fosse uma coisa rara. Tenho pouquíssimos registros de minha infância. Dois ou três. Um deles estávamos, a família inteira (menos meus irmãos caçulas, que chegaram muitos anos depois) sentada em um sofá, na sala da casa de uma tia. Meus pais ao centro, os filhos ao redor, eu, a caçula, no colo de minha mãe.
Só víamos um retratista, quando este profissional, passava pela cidade. Por volta de meus cinco ou seis anos, tivemos um vizinho, que era fotógrafo. Trabalhava em um Foto junto com o cunhado. Desta época tenho duas fotos, tipo 3x4, mas em tamanho maior.
Meus irmãos não foram diferentes. Têm poucas fotos. As tradicionais da época, de binóculo, tiradas na escola ao término do primário. Na época concluir a quarta série era muito mais difícil, devido à reprovação. Mais tarde o exame de admissão para o ginasial era outra barreira. Ainda não era comum ser fotografado, somente quando passava um fotógrafo na escola com esta finalidade, a de registrar o término do primário ou ginasial. Fotos em preto e branco, as coloridas, ainda meio opacas, vieram mais tarde. Ainda de binóculos.
Minhas fotos já foram de outra época. Já foram de papel, ainda em preto e branco, claro.
Mais tarde, muito mais tarde. Comprei minha primeira máquina fotográfica. Uma simples, muito simples, toda de plástico, preto. Uma Kodak instamatic. Agora um objeto vintage, que foi sequestrado pela sobrinha, também apaixonada por fotografia.
Com ela tirei fotos, acho que bastante. Que mandava para o foto para revelação e ficava aguardando dias e dias até ficarem prontas. Não raro vinham algumas queimadas, tremidas, com cabeças cortadas, com fantasmas. Mas a espera era muito legal! A ida ao foto, abrir o envelope e só então ir degustando uma a uma das imagens saídas daquela caixinha mágica!
Atualmente, algumas décadas passadas, uso máquinas digitais. Ainda há a emoção de ir vendo as centenas de fotos, uma a uma, selecionando as melhores, que vão para um álbum no Flickr, outras que posto no Facebook.
O melhor da fotografia digital, mas que é parte de uma época, foi a popularização da imagem. Os celulares têm câmeras, os tablets também, há as máquinas portáteis, as semiprofissionais, as profissionais, as retrós, e uma infinidade de acessórios para fotógrafos. Um hobby caro! Muito caro, ainda!

Entretanto como há câmeras de todos os tipos, as pessoas tiveram mais acesso à fotografia, coisa que, há décadas atrás, era apenas um sonho!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dicas sobre provas para eliminação de matérias e ENCCEJA E ENEM

Escrevi uma postagem com dicas para concurseiros de primeira viagem, mas analisando os atendimentos diários que faço no meu trabalho, pensei em escrever outro(s) texto(s) com dicas ou orientações sobre outros assuntos, pois mesmo com tanta informação disponível, as pessoas continuam sem conhecimentos básicos, que podem ajudá-las a resolver problemas simples do seu cotidiano, que vão desde onde procurar a informação, como também onde cobrar seus direitos. Para começar esta série de textos, vou falar um pouco das provas para eliminação de matérias. As pessoas buscam muito este tipo de avaliação, na qual, desde que atinjam as médias, eliminam todo o ensino fundamental ou todo o ensino médio. Para quem pretende eliminar o ensino fundamental - Ciclo II (antigo ginásio, 5ª a 8ª série, 6º ao 9º ano atualmente) poderá fazê-lo por meio do Encceja, que é uma avaliação de eliminação de matérias, ou seja, o candidato pode ir eliminando áreas (Linguagens e Códigos, Ciências da Nat...

Minha vivência com o alzheimer de minha mãe

  Vivenciamos, não todos, na família a demência/Alzheimer de minha mãe. Eu, meu marido, e um dos irmãos diariamente. Os demais o sabem, presenciam nas visitas, maiores detalhes ficam sabendo por mim, meu marido, o irmão, que mora com minha mãe. Apesar de, no início da doença, bem como nos acompanhamentos regulares com a neurologista particular fui alertada que, mesmo medicada, a doença progrediria, talvez mais lentamente devido aos remédios, mas avançaria mesmo assim. Assim está acontecendo! Até uns dois anos a memória dela estava bem melhor, mas a idade é implacável! Os neurônios estão morrendo! Com eles está indo a memória dela, a recente, mas agora também as memórias passadas. O que sobrou, por enquanto, são as memórias do passado muito distante, da infância, adolescência, juventude, porém poucas, cujas histórias já nos eram bem conhecidas, agora são repetidas diariamente. Ontem ela esteve em casa, conversou comigo, foi para a cozinha conversar e ficar com meu marido, qu...

Perguntas sem respostas...

 Estou em fase digamos, pré aposentadoria, apesar das inúmeras plataformas existentes, toda digitalização, a nossa vida funcional caminha a passos lentos e sem vontade como diz o cantor. Nossos documentos, portarias, são publicados na atual versão do D.O.E., mas você acessa a busca avançada e digita seu nome completo e não encontra nada atualizado. Ah, mas dizem que foi publicado! Você insiste na busca, vai pelo número do seu RG com dígito, sem dígito. Nada! Sou brasileira e não desisto! Meu nome no holerite é sem o “do”. Dígito novamente sem essas duas letrinhas. Nada!  Acho muito estranho não aparecer publicações recentes! Abro uma ocorrência questionando o órgão superior competente, que me responde que “Sim, continua sendo obrigatória a publicação da portaria”.  E isso não é tudo!  Quero saber quanto tempo me falta para me aposentar! Você poderia me dizer “Simples! Está tudo informatizado!” Só que não cara pálida! Por duas vezes recebi simulações do sistema, ambas...