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João Delfiol Construções

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Mais uma postagem da série "Dicas"


Tenho participado, há um bom tempo, de entrevistas, seja como candidata a uma função ou como entrevistadora, neste último caso, há menos tempo, entretanto tenho aprendido muito com ambas as experiências.

Quero compartilhar aqui, o que tenho aprendido com isto, quem sabe ajudar pessoas que passarão por estas situações na Educação.

As orientações que darei aqui, não estão em manuais, mas são frutos das minhas vivências profissionais, que foram (são) todas elas nesta área.
Quando falamos em entrevistas e dinâmicas, acabamos nos lembrando de empresas particulares, mas tanto para estas, quanto para as públicas, certas coisas são válidas.

Primeira pergunta que devemos nos fazer é:
- o que sei desta cargo/função que vou pleitear?
- o que vivi, na vida profissional, que possa me auxiliar nesta nova função?
- o que os profissionais, que já atuaram (atuam) neste cargo, fazem no seu cotidiano profissional?

Para a primeira questão é preciso pesquisar e estudar. Se é uma função que já existe há algum tempo ou mais recente, existem publicações oficiais, que tratam disto. Surge daí uma nova questão: onde encontrá-las?
Para esta questão existem diversas respostas. Você pode simplesmente digitar o nome da função no buscador Google ou outro de sua preferência, ver entre os resultados, selecionar alguns, ler, ou seja, se informar.

Você pode ainda pesquisar no site da Secretaria de Educação,  ou ainda nos sites das Diretorias de Ensino. Neste caso, basta acessar o Google, digitar  “Diretoria de ensino de ...”, colocar o nome da cidade ou bairro. Nas cidades maiores há mais de uma Diretoria, como é o caso de São Paulo, Campinas. Nas cidades da região metropolitana de São Paulo, isto já não ocorre, é uma Diretoria por cidade, mas se você for do Interior, a história muda, pois é uma Diretoria que é responsável por várias cidades.
Mas quais documentos procurar? A Secretaria de Estado da Educação publica suas orientações por meio de Resoluções, Comunicados. Cada Resolução tem um número diferente e um ano de publicação, mas há sites de Diretorias, onde elas estão organizadas por assuntos, como é o caso da Diretoria de Ensino – Região de São Vicente.
Para a segunda questão tente rememorar o que já fez, mesmo que na docência, mas que possa ser utilizado ou socializado com os demais profissionais. Uma boa dica é elaborar um memorial de formação, no qual você vá escrevendo sobre sua experiência profissional, pois desta forma terá tudo isto bem “fresquinho” em sua mente.
Para a terceira questão basta se lembrar dos profissionais, que conhece ou conheceu, que atuaram nesta função, verificar o que faziam, como faziam, porém mesmo fazendo esta análise, não deixe de atender às orientações da primeira questão. Feito isto, compatibilize o que a orientação da SEE diz e o que o profissional faz, que pode ser uma boa experiência, que poderá ser citada como exemplo, até mesmo para evidenciar o que você conhece desta função para a qual está se candidatando.

Já realizou tudo isto? Se a função for na escola X? O que fazer?
Atualmente as escolas se voltaram, devido ao IDESP criado pelo Governo do Estado de São Paulo em 2008, para indicadores internos e externos. Não tem a mínima ideia do que é isto? Pesquise! Comece acessando o site da SEE e procure em “projetos e programas” o IDESP e leia as informações que estão disponíveis lá, em especial, o boletim da Escola onde pretende atuar nesta nova função. Neste boletim tem diversas informações sobre cada Escola. Leia, estude, entenda!

Estamos falando de indicadores... Mas e os indicadores internos da Escola? Você sabe o que são? Onde estão? Em quais documentos oficiais da Escola?
Os indicadores internos são obtidos por meio das avaliações realizadas pelos professores, pela frequência dos alunos, ou seja, estão nos Diários de Classe, nas papeletas bimestrais, estas últimas podem estar coladas em um documento chamado consolidado ou ainda digitadas.
Nestes documentos os dados estão dispersos, portanto precisam ser reunidos, trabalhados. Em geral, os professores coordenadores realizam esta reunião de dados, montam gráficos bimestrais de resultados da escola, os mesmos são comentados e discutidos em reuniões, sejam de planejamento, de ATPC.

Resumindo... é preciso se informar! Ler, estudar, se atualizar!

Uma boa dica é ler o edital da vaga, do processo seletivo, verificar também a legislação citada no documento, pois ela embasa o processo, bem como trata das atribuições e requisitos deste profissional.
Você pode também tentar encontrar o site ou blog da Escola, pois poderá conhecer melhor a instituição, projetos que ela desenvolve, até mesmo encontrar os indicadores da escola à disposição para consulta pela Comunidade seja ela a da própria escola ou a da web.

 Observação: No Estado existe uma diferença entre cargo e função. Cargo é aquele provido por meio de concurso público. Já para a função não existe concurso público, justamente porque não é um cargo, portanto o que existe é um processo seletivo com regras próprias.

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