Talvez a observemos longamente, tal
como o viajante olha a esfinge do Egito, que interroga a todos com a célebre
frase “Decifra-me ou devoro-te!”.
Na infância, quando estamos nas
séries iniciais, esta folha em branco amedronta, parece que faz sumir tudo que
antes povoava nossos pensamentos, imaginação.
Alguém passou, nesta fase, pela atividade “descrição à vista de uma
imagem”? A Professora segurava uma figura, grande, com uma cena, uma imagem,
pedia para descrevermos, escrevermos, o que estávamos vendo. O que será que eu
via? Não me lembro, mas lembro da Professora, nada simpática, segurando esta
gravura, esperando enquanto nós, crianças, segurávamos os lápis, nossos olhos
procuravam pelo silêncio da sala de aula as idéias que não vinham.
Muito mais tarde passei pela
experiência do vestibular. Claro, tinha redação. Não me lembro o tema, nem o
que escrevi, mas devo ter ido bem, porque na época passei em 13º lugar, no curso
de Letras, para uma turma de 40. Nunca fiz cursinho. Terminei o ensino médio,
fiquei seis anos sem poder estudar.
Há uns três ou quatro anos comecei a
escrever, com mais regularidade, neste blog. Isto, o hábito, a meta que me
impus de escrever pelo menos um texto por semana, me auxiliou a ficar mais
atenta a assuntos, que poderia abordar aqui.
Claro que, em muitas ocasiões, me
sento diante do computador, as idéias fluem tão rapidamente, que parece que o
texto estava totalmente pronto, guardadinho em minha mente, apenas esperando o
momento certo para desabrochar, se mostrar a mim e a todos os leitores.
Em outros momentos, me sento, olho a
tela do PC, o “Word” aberto e a folha em branco, agora virtual, me observando,
me indagando tal como a esfinge... O que faço? Corro com medo do imenso animal
mitológico? Não! Encaro-a com o olhar firme, a cabeça e a mente abertas, as
mãos prontas para sacar palavras, palavras, palavras e assim nascer mais um
filho, mais um texto, que compartilharei com amigos reais, virtuais,
desconhecidos, seguidores.
Os grandes escritores também passaram
por estes momentos de inquietação, indagação, dúvidas sobre o ato de escrever.
Se você está lendo este texto agora,
se perguntando “Como fazer para vencer esta barreira?”, deixarei abaixo alguns
links de sites que trazem dicas e orientações para vencer a barreira de
escrever, bem como outros autores que trataram deste tema. Não seja vencido
pela folha em branco! Decifre-a!!!
Sites:
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