Pular para o conteúdo principal

João Delfiol Construções

João Delfiol Construções

RETROSPECTIVA DO BLOG

Criado com o Padlet

O que fazemos ante uma folha em branco?


Talvez a observemos longamente, tal como o viajante olha a esfinge do Egito, que interroga a todos com a célebre frase “Decifra-me ou devoro-te!”.
Na infância, quando estamos nas séries iniciais, esta folha em branco amedronta, parece que faz sumir tudo que antes povoava nossos pensamentos, imaginação.  Alguém passou, nesta fase, pela atividade “descrição à vista de uma imagem”? A Professora segurava uma figura, grande, com uma cena, uma imagem, pedia para descrevermos, escrevermos, o que estávamos vendo. O que será que eu via? Não me lembro, mas lembro da Professora, nada simpática, segurando esta gravura, esperando enquanto nós, crianças, segurávamos os lápis, nossos olhos procuravam pelo silêncio da sala de aula as idéias que não vinham.

Muito mais tarde passei pela experiência do vestibular. Claro, tinha redação. Não me lembro o tema, nem o que escrevi, mas devo ter ido bem, porque na época passei em 13º lugar, no curso de Letras, para uma turma de 40. Nunca fiz cursinho. Terminei o ensino médio, fiquei seis anos sem poder estudar.
Há uns três ou quatro anos comecei a escrever, com mais regularidade, neste blog. Isto, o hábito, a meta que me impus de escrever pelo menos um texto por semana, me auxiliou a ficar mais atenta a assuntos, que poderia abordar aqui.
Claro que, em muitas ocasiões, me sento diante do computador, as idéias fluem tão rapidamente, que parece que o texto estava totalmente pronto, guardadinho em minha mente, apenas esperando o momento certo para desabrochar, se mostrar a mim e a todos os leitores.
Em outros momentos, me sento, olho a tela do PC, o “Word” aberto e a folha em branco, agora virtual, me observando, me indagando tal como a esfinge... O que faço? Corro com medo do imenso animal mitológico? Não! Encaro-a com o olhar firme, a cabeça e a mente abertas, as mãos prontas para sacar palavras, palavras, palavras e assim nascer mais um filho, mais um texto, que compartilharei com amigos reais, virtuais, desconhecidos, seguidores.
Os grandes escritores também passaram por estes momentos de inquietação, indagação, dúvidas sobre o ato de escrever.
Se você está lendo este texto agora, se perguntando “Como fazer para vencer esta barreira?”, deixarei abaixo alguns links de sites que trazem dicas e orientações para vencer a barreira de escrever, bem como outros autores que trataram deste tema. Não seja vencido pela folha em branco! Decifre-a!!!
Sites:

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dicas sobre provas para eliminação de matérias e ENCCEJA E ENEM

Escrevi uma postagem com dicas para concurseiros de primeira viagem, mas analisando os atendimentos diários que faço no meu trabalho, pensei em escrever outro(s) texto(s) com dicas ou orientações sobre outros assuntos, pois mesmo com tanta informação disponível, as pessoas continuam sem conhecimentos básicos, que podem ajudá-las a resolver problemas simples do seu cotidiano, que vão desde onde procurar a informação, como também onde cobrar seus direitos. Para começar esta série de textos, vou falar um pouco das provas para eliminação de matérias. As pessoas buscam muito este tipo de avaliação, na qual, desde que atinjam as médias, eliminam todo o ensino fundamental ou todo o ensino médio. Para quem pretende eliminar o ensino fundamental - Ciclo II (antigo ginásio, 5ª a 8ª série, 6º ao 9º ano atualmente) poderá fazê-lo por meio do Encceja, que é uma avaliação de eliminação de matérias, ou seja, o candidato pode ir eliminando áreas (Linguagens e Códigos, Ciências da Nat...

Minha vivência com o alzheimer de minha mãe

  Vivenciamos, não todos, na família a demência/Alzheimer de minha mãe. Eu, meu marido, e um dos irmãos diariamente. Os demais o sabem, presenciam nas visitas, maiores detalhes ficam sabendo por mim, meu marido, o irmão, que mora com minha mãe. Apesar de, no início da doença, bem como nos acompanhamentos regulares com a neurologista particular fui alertada que, mesmo medicada, a doença progrediria, talvez mais lentamente devido aos remédios, mas avançaria mesmo assim. Assim está acontecendo! Até uns dois anos a memória dela estava bem melhor, mas a idade é implacável! Os neurônios estão morrendo! Com eles está indo a memória dela, a recente, mas agora também as memórias passadas. O que sobrou, por enquanto, são as memórias do passado muito distante, da infância, adolescência, juventude, porém poucas, cujas histórias já nos eram bem conhecidas, agora são repetidas diariamente. Ontem ela esteve em casa, conversou comigo, foi para a cozinha conversar e ficar com meu marido, qu...

Corações gélidos!

  Aos governantes por aí, que acreditam que em qualquer época do ano, a frequência do alunado DEVE SER perto dos 100%... Caros senhores, aqui quem vos fala é alguém que se encontra com os pés, cabeça e o coração no chão da escola, que mesmo, em anos anteriores, atuando em outras funções na educação pública, nunca deixou de ter um contato frequente e regular com unidades escolares muito diversas entre si. Dito isto, vou   abordar aqui quem são os alunos da escola pública. Temos uma clientela bem variada, desde alunos de classe média até alunos menos favorecidos financeiramente. Vou falar destes últimos! Vou falar deles, porque eles, assim como eu, sabemos o que é passar muito frio! O que é ter que acender uma tampa de tambor de ferro no chão da cozinha para fazer uma fogueira e se aquecer nas madrugadas gélidas do sul do País, para só depois poder ir para a cama e tentar dormir. Também sei o que é só ter uma coberta e precisar enrolar os pés com jornal e colocá-los dent...