Talvez a observemos longamente, tal como o viajante olha a esfinge do Egito, que interroga a todos com a célebre frase “Decifra-me ou devoro-te!”. Na infância, quando estamos nas séries iniciais, esta folha em branco amedronta, parece que faz sumir tudo que antes povoava nossos pensamentos, imaginação. Alguém passou, nesta fase, pela atividade “descrição à vista de uma imagem”? A Professora segurava uma figura, grande, com uma cena, uma imagem, pedia para descrevermos, escrevermos, o que estávamos vendo. O que será que eu via? Não me lembro, mas lembro da Professora, nada simpática, segurando esta gravura, esperando enquanto nós, crianças, segurávamos os lápis, nossos olhos procuravam pelo silêncio da sala de aula as idéias que não vinham. Muito mais tarde passei pela experiência do vestibular. Claro, tinha redação. Não me lembro o tema, nem o que escrevi, mas devo ter ido bem, porque na época passei em 13º lugar, no curso de Letras, para uma turma de 40. Nunca fiz curs...
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