Voltei a dirigir há pouco tempo. No
começo fiz umas barbeiragens, mas tenho me policiado para não continuar
cometendo. Fico atenta, observo os sinais, os carros atrás de mim, na frente,
os pedestres, os semáforos. Também observo outros motoristas, que, acredito,
têm mais experiência, conhecem melhor a cidade.
Sei que em outras cidades há motoristas
que cometem infrações, mas vejo umas coisas... que chamam a atenção!
Muitos motoristas para os quais as setas
são apenas umas luzinhas desnecessárias, que pouco usam, por isto quem estiver
atrás tem que ficar muito atento, pois precisa esperar para ver pra onde o
sujeito vai “embicar” o carro.
Há também aqueles que ultrapassam pela
direita! Se virem um brecha entre o seu carro e o carro estacionado, não se
fazem de rogados!
Há uma avenida central, por aqui, onde
tudo é proibido: fazer retorno na avenida, virar à esquerda, virar à direita,
resumindo, se não quiser levar uma buzinada no ouvido, terá que fazer o retorno
no quarteirão. É o correto! Mas a quantidade de autóctones que fazem estas manobras é impressionante!
Existem os motoristas
de fusquinhas... Nada contra o carro, pois já
tivemos na família, mas alguns
proprietários deste automóvel usam-no como se estivessem sozinhos na rua, pois
não usam freio, nem seta, quanto mais ligar faróis para mostrar que existem!
Andam com tudo apagado, mesmo no final da tarde quanto o escuro habitual do
horário deixa tudo mais difícil de enxergar.
Aqui ainda tem uma dificuldade a mais,
pois a maior parte da cidade é iluminada com luz amarela, quase laranja, isto
faz com que em determinados momentos a gente se veja obrigada a ligar o farol
alto, ou é isto, ou bate-se no primeiro obstáculo que estiver à frente, ou
mesmo ignora-se as lombadas, por não enxergá-las.
Já ia esquecendo! Tem faixa de pedestre
por aqui. Uma em especial, fica diante de um supermercado, em uma avenida de
tráfego intenso (para os padrões interioranos). Esta faixa em particular tem um
semáforo com aquele recurso, que muito auxilia o pedestre, o botãozinho que
apertamos, ouvimos a máquina educadamente pedir “Aguarde mais um momento!”.
Após alguns avisos na voz metálica depois, enfim, o farol fica verde para o
pedestre atravessar. Tudo bem! Tudo bem nada! Tudo bem estaria se todos os
motoristas respeitassem o sinal vermelho para eles. Não são poucos os que
fingem não ver, passam com tudo!
Felizmente existem exceções! Há aqueles
que mesmo com o farol verde para o motorista, acenam positivamente para o pedestre, pego no meio
da faixa, para receoso se continua ou não atravessando, até ver a mão salvadora
fora do carro, mostrando que ainda há gente educada no trânsito!
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