Pular para o conteúdo principal

João Delfiol Construções

João Delfiol Construções

RETROSPECTIVA DO BLOG

Criado com o Padlet

Adolescência, grupo e família

Tenho uma sobrinha, muito querida, que vi nascer, crescer. Mas essa frase não é apenas força de expressão. Realmente acompanhei a gestação dela de perto, fui na maternidade quando ela nasceu, depois ia a casa dela visita-la todos os domingos.
Ela foi crescendo, durante muito tempo, praticamente até os cinco anos, ela vinha até minha casa praticamente todos os finais de semana, sempre quando a mãe ou a mãe e o pai precisavam, por algum motivo, sair. Houve um período em que meu irmão passou por algumas dificuldades, instalou sua eletrônica numa pequena área comercial, que havia em frente à casa que morávamos. Durante esse período, ela, criancinha, ficava muito em minha casa, disso decorriam as atividades inerentes a uma criança: dar banho, trocar roupa, dar mamadeira, fazer dormir, enquanto o pai dela trabalhava.
Ela ficou maior, mais ou menos cinco anos, mais independente, já sabia ir ao banheiro, se limpar, tomar banho, as visitas começaram a diminuir, porque a partir desse momento a mãe e as outras tias passaram a leva-la mais aos passeios da família, mesmo assim continuaram havendo visitas, até porque há o amor entre a família, que foi ampliado com a convivência, atenção, carinho, cuidado.
Mas chegou a adolescência, como é natural nessa fase, pois a psicologia explica, que nessa época os amigos, o grupo, toma uma importância muito grande na vida dos adolescentes, ou seja, torna-se o foco das atenções. O pertencer ao grupo, se parecer com ele, ouvir as mesmas músicas, frequentar os mesmos lugares, vestir o mesmo estilo de roupa, comer o mesmo tipo de comida, até coisas piores, como fumar, se envolver com drogas, acontece nessa época, devido à influência dos amigos.
Tudo isso o meu lado racional conhece, entende, sabe que é fato! O peso dos amigos na adolescência! Já vi isso acontecer com outros adolescentes da família, mesmo quando são boas amizades, ainda assim, nós, família, ficamos atentos.
No caso de minha sobrinha, agora próxima dos 15 anos, acompanho sua vida por meio do twitter, formspring.me, fotolog, orkut, por circunstâncias da vida, não moramos mais próximas, mas isso não quer dizer que deixei de me preocupar com ela.
Esse acompanhamento virtual tem me trazido surpresas, uma dela foi ler um texto dela, em um desses sites, onde ela faz uma retrospectiva do ano passado, não havia uma única palavra falando de mim, claro ela falava em um momento ou outro do pai e da mãe, mas de mim: NADA!
Como doeu ler tudo isso, como dói, ver que nessa fase somos, aos nossos adolescentes, “descartáveis”, afinal é “pagar mico” mostrar os sentimentos em relação à família.
Felizmente essa fase PASSA!!! Passará pra ela, passará para mim também, mas como dói!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dicas sobre provas para eliminação de matérias e ENCCEJA E ENEM

Escrevi uma postagem com dicas para concurseiros de primeira viagem, mas analisando os atendimentos diários que faço no meu trabalho, pensei em escrever outro(s) texto(s) com dicas ou orientações sobre outros assuntos, pois mesmo com tanta informação disponível, as pessoas continuam sem conhecimentos básicos, que podem ajudá-las a resolver problemas simples do seu cotidiano, que vão desde onde procurar a informação, como também onde cobrar seus direitos. Para começar esta série de textos, vou falar um pouco das provas para eliminação de matérias. As pessoas buscam muito este tipo de avaliação, na qual, desde que atinjam as médias, eliminam todo o ensino fundamental ou todo o ensino médio. Para quem pretende eliminar o ensino fundamental - Ciclo II (antigo ginásio, 5ª a 8ª série, 6º ao 9º ano atualmente) poderá fazê-lo por meio do Encceja, que é uma avaliação de eliminação de matérias, ou seja, o candidato pode ir eliminando áreas (Linguagens e Códigos, Ciências da Nat...

Rio Lavapés e as obras do Parque Linear em Botucatu, SP

  Dia 22/10 p.p. resolvi sair para andar um pouco por aí e tirar algumas fotos, coisa que não fazia há bastante tempo. Essa minha incursão foi, principalmente, margeando o Rio Lavapés, em Botucatu, parando em pontos estratégicos, onde existem pontos, nas quais poderia ficar e fotografar o entorno do local, tanto o rio acima e abaixo da ponte, quanto o entorno registrando se há muitas ou poucas casas e prédios. O rio vem passando por obras desde o primeiro semestre de 2020 (aproximadamente), quando ocorreram fortes chuvas na cidade, que foram noticiadas na mídia, que trouxe sérios transtornos para os moradores, que duraram por meses e meses. Foram levadas, segundo notícias da época, cerca de quarenta (40) pontes entre urbanas e rurais, além de casas próximas ao rio, que foram danificadas. As pontes foram reconstruídas pela Prefeitura (vide links de notícias da época), segundo notícias da época, que esclarecem a respeito dos recursos públicos utilizados nessas obras. Ainda há...

Corações gélidos!

  Aos governantes por aí, que acreditam que em qualquer época do ano, a frequência do alunado DEVE SER perto dos 100%... Caros senhores, aqui quem vos fala é alguém que se encontra com os pés, cabeça e o coração no chão da escola, que mesmo, em anos anteriores, atuando em outras funções na educação pública, nunca deixou de ter um contato frequente e regular com unidades escolares muito diversas entre si. Dito isto, vou   abordar aqui quem são os alunos da escola pública. Temos uma clientela bem variada, desde alunos de classe média até alunos menos favorecidos financeiramente. Vou falar destes últimos! Vou falar deles, porque eles, assim como eu, sabemos o que é passar muito frio! O que é ter que acender uma tampa de tambor de ferro no chão da cozinha para fazer uma fogueira e se aquecer nas madrugadas gélidas do sul do País, para só depois poder ir para a cama e tentar dormir. Também sei o que é só ter uma coberta e precisar enrolar os pés com jornal e colocá-los dent...