Gosto
de escrever textos, que tragam informações úteis para os leitores, muitas delas
foram utilizadas por mim, em algum momento, ou são buscadas por diversas
pessoas no meu local de trabalho.
Nesta
semana eu e uma amiga fomos vítimas de um acidente em uma rodovia pedagiada.
Coloco fomos vítimas, porque o carro foi jogado fora da pista por uma carreta
branca, cujo motorista fugiu, sem se quer olhar para trás. Temos testemunhas,
inclusive da própria concessionária, do ocorrido.
Infelizmente
neste momento de desespero, não conseguimos fotografar, muito menos ver a placa
do veículo.
Um funcionário, da própria, rodovia, após
verificar se estávamos bem, tentou seguir o caminhão, que já ia longe e ver a
placa e passar a informação para a polícia rodoviária.
Próximo
ao local, que devido a obras próximas na própria rodovia, estava muito bem
sinalizado, com um funcionário a um quilômetro ou dois da interdição, avisando
com uma bandeira laranja, bem como diversos cones grandes também laranjas,
demonstrando a necessidade trafegar na única pista disponível.
Após
o ocorrido e as providências tomadas junto à seguradora, como sabem a franquia
é por conta do segurado, o que equivale a dizer, que terei que pagar cerca de R$
2.000,00 para consertar o estrago feito pelo indivíduo irresponsável, que tem
CNH e dirige uma carreta, como se estivesse dirigindo um inofensivo kart. Outra
coisa, fui prejudicada em minha rotina de trabalho, pois o meu carro é
utilizado, também, para compromissos profissionais. Além destes prejuízos, há
também a nossa parte emocional, que fica abalada!
Após
este breve relato sobre o fato, vou elencar as ações que devemos tomar em uma
situação dessas. Algumas fizemos, outras não.
1. Anotar
a placa do carro (atropelador), se possível tirar uma foto;
2. Acionar
a Concessionária responsável pela rodovia pelo 0800;
3. Acionar
a seguradora responsável pelo seu seguro;
4. Tirar
fotos do carro, como um todo, principalmente das partes danificadas; do local
do acidente, mostrando se estava bem sinalizado ou não;
5. Levar
o carro (documentos do veículo e CNH do motorista e/ou proprietário), mesmo
guinchado, ao posto mais próximo da Polícia Rodoviária, pois para confeccionar
o Boletim de Ocorrências eles solicitarão isto, bem como tirarão fotos do mesmo,
acompanhados pelo proprietário;
6. Se
tiver testemunha leve-a também até a Polícia Rodoviária para a elaboração do
B.O. Se ela não for, mesmo que você tenha foto desta pessoa, saiba o nome dela,
ela não será “qualificada”, ou seja, não constará no B.O.
7. Se
tiver câmeras ou radares na Rodovia e você não tiver a placa do carro ou
caminhão, que bateu no seu veículo, você pode solicitar as imagens à
Concessionária, no caso de rodovia pedagiada, mas quem deverá fazer esta solicitação será o
Delegado de Polícia ou um Juiz.
8. As
concessionárias não enviam estas imagens ao cidadão comum, vítima, porque a
outra parte (o cara que atropelou seu carro), porque ele, coitado, pode se
sentir lesado e acionar a Empresa judicialmente.
9. Quando
o guincho da seguradora vier retirar seu carro, também é interessante, que
fotografe o processo, bem como detalhes importantes: quantidade de combustível
no tanque; itens que estão no carro: triângulo e chaves; estepe (se não for
usado, fotografe detalhes, que comprovem isto); extintor; rádio.
10. Faça
um arquivo dos documentos e fotos referentes ao acidente.
Fiz
boa parte do que indiquei. Há coisas que não fiz, porque na hora somos tomados
pelo pânico, raiva e nervosismo, mas a concessionária ou o soldado da Polícia
Militar solicitou ou orientou a respeito.
Outra
coisa se a Polícia Rodoviária estiver “trocando o turno”, você poderá esperar.
Dependendo do horário, seu boletim sairá somente daí a dois dias, se estiver
terminando o turno.
Você
pode estar lendo, pensando a pessoa não teve sorte. Coitado do caminhoneiro!
Acidentes envolvendo
carretas/caminhões não são raros. Basta ler as notícias de sua cidade, de sua
região.
Na minha família
temos três vítimas. Uma delas faleceu com 40 anos, após o carro dela ser
atingida de frente por uma carreta, que trafegava na contramão. Deixou dois
filhos adolescentes. Outra vítima, que estava de moto, em uma grande cidade foi
derrubado por uma carreta e teve a perna esquerda rasgada da bacia até perto do
joelho. Não foi socorrido pelo caminhoneiro! Foi socorrido pela Polícia, depois
de ter juntado as partes de pele da
perna. A outra vítima é esta que vos fala! Felizmente saí sem quebrar nada,
apenas dores em um dos braços, um enorme hematoma na perna esquerda e feridas
emocionais, porque nunca mais passarei por aquele lugar, sem lembrar que ali,
eu e uma amiga, fomos jogadas fora da pista com enorme violência, quase fomos
espremidas na Serra, pois a rodovia em questão, neste local, é um longo trecho
de serra, muito íngreme e sem acostamento!
Fico pensando nas
mulheres da família deste motorista desta carreta, que, acredito, também sejam
motoristas e precisem se locomover em suas cidades, em suas regiões para
trabalhar, para levar os filhos à escola, se tiverem a “sorte” de encontrar uma
carreta enorme, em um local sem acostamento, dirigida por um sujeito como seu
marido, irmão, tio, pai!
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