De vez
em quando gosto de falar sobre Educação, afinal sou da área. Há muita gente que
fala sobre educação, tendo como experiência no assunto o fato de ter se sentado
nos bancos escolares seja no ensino fundamental, no médio ou no superior, mas
se acha um entendido no assunto, porque em algum momento alguém deu a ele a
prerrogativa de falar sobre. Mas não tratarei aqui sobre estes cidadãos, mas
abordarei uma característica da Educação, acredito eu, de outras áreas também.
Nesta
minha caminhada no Magistério vamos sendo iniciados, desde o ensino médio, no
vocabulário específico da Educação, seja cursando uma Licenciatura em Letras,
seja em História, não importa. Com o passar dos anos e a experiência docente,
seja em sala de aula, na Direção de uma escola, na Coordenação vamos aumentando
nosso vernáculo. Claro, que muito se deve aos educadores célebres, teóricos,
que lemos, estudamos para concursos, para aprender mais, em reuniões de
trabalho pedagógico nas escolas, em orientações técnicas nas Diretorias de
Ensino, Núcleos Regionais de Educação, Secretarias da Educação. Acredito que
você, leitor perspicaz, já percebeu, que neste parágrafo já comecei a usar
alguns termos da área, mas há uma infinidade deles, que vêm e vão de acordo com
as correntes pedagógicas em voga, com os partidos políticos no poder.
Não
vou traçar aqui uma linha histórica dos termos pedagógicos, pois este não é o
objetivo deste texto, porém irei apresentando-os um a um.
Reciclagem.
Já ouviu falar? Claro que ouviu. Muito utilizado atualmente para falar da
reutilização de recursos para evitar a carência dos mesmos. No caso em tela
esta palavra foi utilizada em uma expressão muito comum há alguns anos: cursos
de reciclagem.
O
tempo passou e este termo caiu em desuso estimulado pela fala de que “ninguém
recicla pessoas”. O caro leitor poderia pensar, então, que o curso ficaria sem
um sobrenome. Que nada. Já se chamaram cursos de atualização, cursos de
capacitação, e por aí vai.
Há
algum tempo se falava muito em projetos e portfólios. Era projeto para cá,
portfólio para lá. Não sabe o que é um projeto? Não, não é o croqui de uma
casa. Um projeto é uma sequência de atividades baseadas em um tema, que serão
desenvolvidas pelos alunos, orientada e acompanhada pelo Professor e que prevê
avaliação das etapas ou ao final do projeto, um produto final, que pode ser uma
maquete, um relatório, uma exposição.
E o
portfólio? Há algumas outras áreas que usam esta ferramenta. Em fotografia, por
exemplo, os fotógrafos têm seus portfólios também. Neles estes profissionais
reúnem uma mostra de seus trabalhos contendo as melhores ou mais importantes
fotos de sua carreira, pois desta forma apresentam o seu trabalho aos clientes.
Atualmente podemos utilizar o Flickr para fazer isto ou outro site ou
aplicativo, que possa arquivar nossas fotos. No caso da educação o objetivo do
portólio é também mostrar o percurso do aluno e/ou do professor, bem como a
evolução da aprendizagem e os resultados das intervenções do docente. Você
estava achando que era só artista que fazia intervenção? Que nada. O professor
também faz. A intervenção do professor no processo de aprendizagem se faz
necessária para corrigir os rumos da aprendizagem dos alunos, seja sanando
dúvidas, propondo atividades diferenciadas, diferentes agrupamentos da turma.
Falei
em agrupamento você já deve estar pensando nos trabalhos em duplas, trios ou
grupos, não é? Atualmente se fala em agrupamentos produtivos, onde o aluno que
sabe mais pode ajudar o que sabe menos, assim um aprende com o outro. Claro que
para isto ocorrer é preciso mudar uma cultura instalada entre alunos, seja de
qual nível for, de que um aluno manda, o outro faz, e os demais ficam olhando.
Ah! Esqueci. Pode ter uma artista, que queira fazer a capa... Não precisa mais,
não é, pode ser feito direto no computador.
Poderia
continuar abordando mais e mais termos, mas ficará para um próximo texto, pois
não quero cansar meus leitores. E daí? Gostou? Então comente!
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