Hoje,
por volta das 15h20, estava, a exemplo do que vem ocorrendo há cerca de
uns nove dias trabalhando em casa, pois
estou em home office, devido à pandemia de covid-19, como centenas, milhares de
pessoas, restritas as suas casas, torcendo pra tudo isto acabar.
Ouvi
alguém batendo palmas no portão. Fui atender, mas não cheguei nem próximo do
portão.
De
onde estava mesmo visualizei uma pessoa. Sem máscara! Um homem, jovem, cerca de
uns 25 anos, talvez mais.
A
pessoa em questão puxava um carrinho, como aqueles de carregar malas ou de ir à
feira, com umas embalagens de plástico, daquelas que a gente não resiste, vive
comprando... E vive perdendo! Perdendo as tampas.
De
longe mesmo ouvi o rapaz me oferecendo um kit delas, sei lá, com umas seis ou
sete, talvez mais. Primeiro, acho a trinta reais. Eu, educadamente, respondi
que não. Em seguida baixou o preço. Mais uma vez respondi que não, não
precisava. Veio se achegando ao portão, o semblante já havia mudado. Mais uma
vez me interpelou, meio querendo me obrigar a comprar. Baixou o preço. Respondi,
do mesmo lugar onde estava: “Moço, agradeço, mas não quero. Não preciso!” As
perguntas e as negativas duraram alguns minutos. Ainda bem, que não saí do
lugar. Primeiro porque eu estava sem máscara. O cidadão também. Segundo que depois deste breve diálogo, quando
disse meu último não, o indivíduo,
visivelmente nervoso, cara de bravo, se aproximou do próprio carrinho,
empurrou, bateu nele com as embalagens plásticas, que tinha em um saco, que
estava nas mãos dele. Me deu medo!
Voltei
para o meu local de trabalho, mas não fiquei mais tranquila!
De
vez em quando me levantava e ia até o meio do corredor da casa, como diz o
caipira, “ia assuntar”, ver se tinha algum movimento na rua.
Normalmente,
em outros tempos, não tenho receio de atender as pessoas, de conversar, mesmo
que meio de longe, as vezes, vou até no portão converso e despacho o/a pessoa,
que tocou a campainha. Não sou antissocial!
Mas
hoje, fiquei aliviada, de ter tido este insight e não ter me aproximado!
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