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João Delfiol Construções

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VELHICE E A CONSCIÊNCIA DOLOROSA DA FINITUDE DA VIDA

 

Li, há alguns dias, em uma das apostilas do curso de pós, que a partir dos 40 ou 50 anos as pessoas começam a pensar na finitude da vida. Tomam mais consciência disto!

Esta semana isto fez todo o sentido pra mim.

Levei minha mãe ao médico. Diferente das outras consultas, perguntei à medica, se eu entrava com a mãe ou se ela entraria sozinha. A média respondeu que queria falar com ela primeiro, depois eu entraria.

Sempre entrei junto, pois minha mãe tem problemas auditivos causados pela idade, assim somos os interlocutores dela, os ouvidos dela. Tudo que a médica fala, a gente repete pra ela, ainda explica algumas coisas. Também precisamos relatar como tem sido o comportamento dela, coisas que nos causam preocupação.

Não entrei de imediato.

Quando a médica enfim me chamou adentrei a sala, sentei ao lado da minha mãe, na cadeira vazia. Vi que ela estava enxugando as lágrimas!

A médica então comentou, que achava que ela estava meio depressiva. Perguntou se ela era assim de chorar. Que minha mãe havia comentado, que tem pensado em morrer, que quando ela morrer vai se encontrar com as pessoas, que já se foram, que irá encontrar um filho, que ela perdeu (um aborto espontâneo), quando eu era criança, acho que uns 5 anos mais ou menos.

Eu comentei, que também tenho pensado nestas questões, mas que o fato da minha mãe estar mais reclusa, ter conversado menos com vizinhos, saído menos, a tem deixado mais depressiva. Afinal durante a pandemia, que estamos vivendo quem tem vida normal? Ninguém.

Pensei também em um outro lado da velhice. O mal de Alzheimer. Uma de minhas tias teve. Nós a visitamos certa vez, quando ela já estava no estágio, no qual não conhecia mais os próprios filhos. Não conseguia mais mastigar a própria comida, assim só podia engolir comida pastosa. 

Quando a visitamos tentei consolar minha prima, dizendo que a tia, aquela pessoa, já não era mais a tia, que conhecemos, que ela não tinha mais consciência de si e do mundo, logo não sabia nem que estava sofrendo, que os filhos sofriam por vê-la assim.

Fiquei me questionando... Apesar de toda dificuldade imposta à família com um idoso com  Alzheimer será que não é melhor, que ter a consciência, a dor, o medo, o terror da morte? 

Todos sabemos que, uma hora ou outra, iremos morrer, mas estamos todos tão assoberbados em viver a vida e seus infinitos afazeres diários, que não temos tempo para pensar no assunto. Com a idade, com a aposentadoria, com a pandemia, com a quarentena, com o tempo, tudo nos leva a matutar no assunto do término da nossa vida.

Como lidar com isto?

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