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João Delfiol Construções

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RETROSPECTIVA DO BLOG

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Visão e tecnologia


Não viajo para o exterior. Não que não tenha vontade, mas com o que ganho, tenho que eleger prioridades, aliás coisa que fiz minha vida toda, pois inicialmente vivia com um salário mínimo e ainda ajudava minha família!
Mesmo não tendo esta vivência de vida no exterior, viajo pelo Brasil, quando posso, pelo interior do Estado de São Paulo, em geral, em viagens à trabalho.
Fico vendo as autoridades, que viajam para os Estados Unidos, Canadá, e outros países buscando inovações para implantar em terras tupiniquins!
Seria muito bom, se no nosso País as condições para utilização da tecnologia, fossem as mesmas dos Países de primeiro mundo!
Não vou muito longe!
Moro em uma cidade, do interior, de porte médio. Tem vários provedores de internet disponíveis, bem como empresas de telefonia móvel.
Vou com frequência a uma propriedade, na mesma cidade, a cerca de 20 quilômetros do centro, que também fica a cerca de outra cidade mais ou menos uns 14 quilômetros. Não fica no fim do mundo! Não fica na Amazônia, em plena mata, onde não existe nada!
Na região tem várias, muitas, torres de telefonia móvel!
Neste local, onde vou com frequência, uma propriedade rural, seria normal ter acesso no mínimo, que seria conseguir realizar e receber ligações por celular.  Acha que conseguimos? Não! Já tentamos 3 operadoras de celular distintas! E internet? Como se dizia na minha infância “JAMÉ”! Ou seja, jamais!
Vamos para cidades pequenas, de dois mil, três mil, cinco mil, vinte mil habitantes, ou seja, a maioria da nossa região, onde boa parte desta população mora na zona rural, no sítio, na chácara, na fazenda. Vocês acham que estas pessoas, e seus filhos, têm acesso à internet no celular?
Olha que não estou falando do agreste do Pernambuco!
Não estou falando do Mato Grosso, onde a distância, normal, entre uma cidade e outra é de 250 ou 300 quilômetros. E entre elas têm o quê? Imensas fazendas só com plantação de soja! Nem casa, nem porteira, nem gente! Só se pega sinal de celular na rodovia, quando se está chegando perto da cidade!
Como implantar certas ideias de quem nunca saiu da capital, onde mora, quando saiu foi pra ir buscar solução pros nossos problemas em países “iguaizinhos” o nosso, tanto em povo, quanto em dimensões, quanto em poder aquisitivo da população e em desenvolvimento tecnológico e acesso democrático a ele! Sim, estou sendo irônica!
Sou contra a tecnologia? De jeito nenhum! Gosto muito, inclusive, não é à toa, que lido com computadores, quando eles eram raros nas residências, eu já tinha um, que comprei de uma pessoa, que comprava as peças e os montava e os vendia! Não era barato e fácil de se encontrar como agora!
Sempre gostei de novidades! Não sou consumista de tecnologia, pois isto custa caro!
Gosto de me manter informada! Gosto de aprender a respeito, porém não fecho meus olhos e meus ouvidos à realidade, que me cerca! Pelo contrário, observo e aprendo com ela!
Será que soluções copiadas de outros Estados, de outros países díspares do nosso em tudo, nos ajudarão a melhorar certas situações?
Por que quando precisamos de um medicamento vamos à farmácia, ao médico? Porque queremos um remédio, que não nos mate! Queremos ser atendidos por alguém que saiba o que faz! Foi preparado para fazer o que faz?
Por que em certas Pastas dos Estados temos pessoas, que nunca fizeram, o que passaram a fazer? Por que aceitamos que palpitem em tudo, mesmo sem ter o conhecimento (ou não querer saber), sobre a realidade dos inúmeros órgãos, que comanda?
Trabalhei, há vários anos, na implantação de um projeto público! Não vou dar muitos detalhes... Na verdade, mais de um.
Um deles tinha a ambição de interligar bibliotecas e acervos de imagem de três ou quatro instituições e depois seria ampliado. Um Projeto piloto. Como acabou? DO NADA! A pessoa contratada na época para tombar todo o acervo e fazer a inserção no sistema foi demitida! A interligação nunca ocorreu! O projeto piloto acabou como muitos outros... Deixou de ser a “menina dos olhos” de alguma autoridade e foi descontinuado.
O outro era de implantação de equipamentos de informática. Eram pouquíssimos para o público, que o utilizaria. Como era caros, na época, e as instituições não tinham dinheiro algum para a manutenção, ficavam fechados, em sua maioria, até que se tornaram obsoletos! Investimos tempo, trabalho, vários treinamentos de centenas de pessoas. Ou seja... foi investido dinheiro! Infelizmente acredito que, provavelmente,  a maioria das pessoas, que os utilizariam nem chegaram a vê-los, quanto mais a tocar as mãos neles.
Para encerrar esta postagem retomo uma citação,  de uma vídeo de motivação, que foi muito usado nesta época citada acima, que ilustra bem o relatado acima:

“Uma visão sem ação não passa de um sonho.
Ação sem visão é só um passatempo.
Mas uma visão com ação pode mudar o mundo.”
                                                                             (Joel Barker)



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