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João Delfiol Construções

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RETROSPECTIVA DO BLOG

Criado com o Padlet

Reconhecimento

Outro dia atendi, em meu local de trabalho, uma pessoa, que vinha à procura de informações. Assim como faço sempre, procurei saber o que ela precisava, para então poder atendê-la e auxiliá-la.
Ela me contou, que havia feito inscrição para prestar o Enem, porque precisava ter o ensino médio, pois não tem tempo para frequentar a escola, uma vez que é dona de casa, também já passou da idade para escola regular. Ela também contou que sabe que precisa ter o ensino médio, pois atualmente o ensino fundamental é pouco.
Perguntei o que ela precisava, que tipo de ajuda.
Ela me disse “Vim procurar vocês, porque sei que sabem mais do que eu. Se eu fosse me informar com alguém, que sabe o mesmo que eu sei, não encontraria as informações que preciso.”
Acessei alguns sites relacionados ao Enem, que traziam as avaliações anteriores e gabaritos. Orientei-a a tentar fazer as avaliações, desta forma saberia a forma como são feitas as questões. Perceberia quais as dificuldades, nas quais teria que investir mais tempo para estudar. Falei sobre a redação e a importância dela no Enem, que ela era decisiva para toda uma área, a área de Linguagens e Códigos.
Ela levou anotados os endereços dos sites, que indiquei para acessar posteriormente e poder baixar as provas.
Por que estou contando esta história?
Porque algumas coisas me chamaram a atenção. A primeira delas foi a fala dela em relação a buscar informação. A segunda foi, que mesmo em tempos de internet, temos uma população, que não tem acesso as ferramentas informáticas, em especial, a internet. Ou têm acesso sim, mas um acesso limitado a poucos centros de acesso públicos, acesso no celular, o que não é barato, nem democratizado, acesso a wireless em praças, ainda restrito também, dependendo do tipo de celular, o cidadão continua sem.
Para esta população, que tem acesso restrito à informação, em especial, as disponíveis em sites, os órgãos públicos são responsáveis por receber o cidadão e fornecer as informações. Pela fala desta senhora, que atendi, fica claro que, a despeito de tudo que se fala sobre funcionalismo público, a população valoriza estes profissionais como detentores de saberes e informações, que estão acima do restante das pessoas.
Em nossa cidade há mais órgãos, ao menos mais um, relacionado à Educação, mas ela optou pelo local, onde acreditava poder encontrar a informação necessária. Isto também demonstra, que as pessoas reconhecem o papel de disseminador de informações confiáveis da Instituição.


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