Pessoas passam apressadas
Funcionários passam apressados
Estudantes passam
Um pouco mais devagar.
Idosos caminham vagarosamente
Pelas calçadas em busca de
sol.
O homem estranho de barbas
longas, brancas e ralas
Passa com seu cachorro que faz
pipi na grama verde.
Casais adolescentes, camisetas
de escolas
Sentam-se nos bancos e ficam
distraidamente
Aos beijos, abraços, amassos.
Na avenida próxima o passar do
tempo
A mudança de estação
Deixam suas marcas pela rua
Ipês escuros, flores poucas e
murchas
Dão adeus à florada deste ano.
Na mesma avenida muitos carros
Passam apressadamente em
direção aos
Bairros, vilas, outras cidades
da região.
As luzes no prédio ao lado se
acendem e se apagam.
O último funcionário se vai.
Nascer do sol e tudo recomeça.
Eu por aqui. Presencio tudo
isto.
Todos os dias. Dia e noite.
Noite e dia.
As vezes muito cheio de mim.
Cheio, repleto de folhas
muito, muito verdes.
Agora as folhas, não tantas,
já meio ressequidas, escuras
Vagarosamente se desprendem de
meus galhos.
Preparação para a florada
rosada
Que surgirá em breve.
Florada tão aguardada
Por aqueles humanos sensíveis
que me observam.
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