Tentamos
sempre registrar em nossa memória momentos, que nos impressionaram, ou ainda
que aconteceram pela primeira vez. Destes que esperamos por muito tempo. É
assim quando terminamos nossa primeira faculdade. Quando conseguimos comprar
nossa casa. Quando nasce nosso primeiro sobrinho. Quando nos casamos. Quando se
casam nossos irmãos caçulas.
Algumas
vezes me inscrevi em concursos fotográficos, concursos literários. Nos dois
últimos anos, devido a correria do trabalho, acabei não participando muito
destes eventos. Há uns vinte dias resolvi me inscrever em mais um, às vésperas
de encerrarem as inscrições para o Salão Internacional de Jaú, corri para
mandar imprimir as fotos escolhidas, fui ao correio no meu horário de almoço.
Enviei algumas fotos, de acordo com o regulamento do Salão.
Não
fiquei ansiosa, procurando os resultados, como em outros concursos.
Um
amigo postou o resultado no Facebook.
Uma foto de minha autoria foi aceita para o Salão. Fiquei muito, muito feliz!
Por ser um Salão Internacional e renomado. Por ter sido informada a seleção
criteriosa feita pelo Presidente do Foto Clube.
Não
esperei muito para me dirigir até Jaú e conferir a Exposição. Foi montada em um
amplo espaço, muito claro, de muita circulação, onde todos poderiam ver todas
as fotos. As fotos cuidadosamente embaladas em acrílicos para protegê-las de
dedos e mãos, mas à mostra para olhos, mente e coração.
Embebi
meus olhos e minha alma com belíssimas imagens, algumas mais elaboradas,
aparentemente manipuladas em programa de computador, mas não menos belas. Fotos
tiradas em diversas cidades brasileiras, de muitos outros países, onde se veem
as peculiaridades de cada local e o recorte feito pelas máquinas potentes de
nosso corpo: olho e cérebro. Um certo enquadramento. Um tipo especial de
luminosidade. Um colorido diferente. Monocromáticas poéticas e oníricas. Uma
mulher pensativa em uma escada. Crianças correndo por uma ponte. Um senhor
idoso com olhar perdido no horizonte que não se vê. Aves belíssimas clicadas
por um certo casal jauense. Capelinhas esquecidas em algum lugar do Brasil.
Não. Não me lembro de tudo que vi. São inúmeras. Somente indo até lá e vendo
com seus próprios olhos. Mais que olhar, sentir.
Para
você, que talvez não tenha oportunidade de ir até o Shopping de Jaú, deixo algumas
fotos. Espero que goste. Ah, tem, entre elas, minha foto. Pela primeira vez
senti a emoção de ser aceita em um grande Salão e de participar de algo grandioso.
Abaixo fotos do 50º Salão Jauense Internacional de Fotografia.Capelinha Esquecida - Mary Delfiol |
Foto do Paulo Guerra |
Foto do pássaro - Fotógrafa Edilene Guerra |
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