Fico vendo manifestações, postagens contra a
corrupção, entre outros assuntos que estão em pauta nos jornais e redes
sociais.
Na semana passada vi uma postagem no facebook, que
fazia um paralelo entre a corrupção dos políticos e a corrupção do povo.
Também lembro de histórias que ouvi, de pessoas
comuns, funcionários públicos, que no exercício do seu cargo, já ouviram de
pessoas simples, pessoas do povo, solicitações insólitas, para não dizer
desonestas.
Algumas destes “pedidos” conto abaixo, sem citar nomes,
para não expor os envolvidos.
Um diretor de escola, que ouve um destes pedidos
“inocentes” de uma mãe de um “adolescente” de 16 anos, inscrito e recebedor do
Bolsa Família. O adolescente em questão, casado, mora com a mulher em outra
casa, mas a mãe dele recebe o auxílio do governo federal, cujo intuito é manter
crianças e adolescentes na escola. O aluno muito faltoso, coisa que vai contra
as regras do famoso programa de transferência de renda. A mãe, após saber que
perderia o Bolsa Escola, dirige-se até a escola, faz o seguinte pedido ao
Diretor: “O senhor não pode pôr presença para o meu filho? Não posso perder o
Bolsa Família.”
Uma funcionária pública, que ouve de outro
funcionário público, em dada situação, se a ela não poderia pôr presença para
ele, em um curso, que dava o direito a ele de receber um auxílio em dinheiro. O
sujeito ainda ficou irritado, quando a moça se negou veementemente a realizar
tal falcatrua.
Um senhor, que vai até um determinado órgão público,
pede a funcionária que o atende, se ela não poderia ajudá-lo, fornecer para ele
uma declaração, um documento, que informasse que ele tinha concluído o Ensino
Fundamental, afinal ele havia passado em um concurso público, precisa
apresentar tal documento. Detalhe: o homem não tinha concluído nem a primeira
etapa do Ensino Fundamental.
Ouvindo estas histórias, me pergunto: “Será por isto
que o povo não cobra mais ainda a extinção da corrupção?”
Existem outras histórias, como por exemplo, o cara
que nas eleições troca seu voto por umas cervejadas pagas pelo amigo candidato
a vereador. Ou ainda aquele que vota, consegue votos da família e amigos, para
o candidato que lhe garantiu um emprego, assim que assumir o cargo X.
Aposto que vocês, que estão lendo este texto, já
ouviram histórias parecidas!
Temos os grandes corruptos, que dilapidam verbas
públicas aos milhões, mas temos também os corruptores, tanto os grandes, quanto
os pequenos.
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