Pular para o conteúdo principal

João Delfiol Construções

João Delfiol Construções

RETROSPECTIVA DO BLOG

Criado com o Padlet

Algumas palavras sobre Educação


Não gosto de ficar opinando sobre Educação, mas acabei de ler um texto de um jornal de Barbacena-MG, onde em vários parágrafos ou autor tece inúmeros comentários elogiosos às fantásticas escolas particulares, onde, segundo ele, os professores são ótimos, tem talentos adicionais, que usam em suas aulas no “palco” da sala de aula.
E não para por aí. Acho que o que falta dizer, não deve ser diferente lá, é que muitos dos professores que atuam nas escolas particulares, também atuam nas redes públicas.
Que há professores nas redes públicas que se esmeram para fazer o melhor. Há professores que tocam violão e cantam, adaptando seus conteúdos para os tornarem mais atraentes aos alunos.
Há professores que fizeram mestrado no Brasil, cursos no exterior, que escreveram livros, que desenvolvem projetos inovadores.
Mas por que não se falam destes profissionais? Porque estes trabalhos não aparecem?
Porque a mídia precisa de acontecimentos que chamem a atenção, que causem impacto. Quais foram estes acontecimentos relacionados à Educação?
Acredito que também se lembrem de alguns.
O rapaz que entrou na escola onde estudara, atirou em alunos, professores, depois se matou.
O garotinho, que esta semana, atirou na professora e depois atirou na própria cabeça.
O aluno de quatro ou cinco anos, que no ano anterior, levou uma arma pra escola, acabou matando um coleguinha, enquanto mexiam na arma. Não se falou mais no assunto, pois envolvia uma escola particular.
Se digitar aluno mata professora ou aluno mata aluno no Google verá a quantidade de notícias a respeito, em todos os Estados, cujas notícias se encontram nos grandes jornais impressos e on line.
Se fizer outra pesquisa colocando “professor de rede pública ganha prêmio”, verá que os resultados aparecem, em sua maioria, nos sites institucionais, ou seja, dos governos dos Estados, não aparecem nos holofotes da mídia, não aparecem nos grandes jornais, nem nos jornais regionais.
Mas por que isto acontece?
Pense... pense... pense....
Conheci, conheço, profissionais sérios, que trabalham sério na Educação onde quer que estejam.
Conheci uma Diretora, que atuou dezesseis anos em uma mesma escola, conseguiu neste período transformá-la em uma das escolas mais buscadas pelos pais de uma cidade de grande porte, onde haviam outras cinquenta escolas públicas. Séria, rígida, trabalhava muito, todos os dias. Cuidava se os funcionários da secretaria atendiam bem o público, se o atendimento era feito com Educação e eficiência. Não ficava na sala dela, sentada.  Se ouvia um barulho diferente na hora do intervalo, que sugerisse alguma briga, saía rapidamente da sua mesa na secretaria e se dirigia para o pátio, verificar o que acontecia, se precisa intervir ou se o inspetor daria conta. 
Conheci uma outra diretora, que passou por praticamente todos os cargos na escola, secretária, professora, vice-diretora, até se efetivar como diretora. Não se apertava! Conhecia tudo de pagamento de professores, vida de aluno. Falava com calma, voz mansa, mas trabalhava seriamente, comprometida com a escola, professores, alunos.
Estas duas pessoas são alguns exemplos dos profissionais que existem por aí, que anonimamente, diariamente, comprometidamente trabalham pela Educação deste País.
Infelizmente estes profissionais não são notícia!!!!

Comentários

Ivan Leite disse…
Bravo!!! Bravo!!! Seu texto transmite o espírito da escola pública que nenhum canal de teve e jornal quer publicar, ou por desconhecimento, ou por contrariar seus lobistas.

Postagens mais visitadas deste blog

Dicas sobre provas para eliminação de matérias e ENCCEJA E ENEM

Escrevi uma postagem com dicas para concurseiros de primeira viagem, mas analisando os atendimentos diários que faço no meu trabalho, pensei em escrever outro(s) texto(s) com dicas ou orientações sobre outros assuntos, pois mesmo com tanta informação disponível, as pessoas continuam sem conhecimentos básicos, que podem ajudá-las a resolver problemas simples do seu cotidiano, que vão desde onde procurar a informação, como também onde cobrar seus direitos. Para começar esta série de textos, vou falar um pouco das provas para eliminação de matérias. As pessoas buscam muito este tipo de avaliação, na qual, desde que atinjam as médias, eliminam todo o ensino fundamental ou todo o ensino médio. Para quem pretende eliminar o ensino fundamental - Ciclo II (antigo ginásio, 5ª a 8ª série, 6º ao 9º ano atualmente) poderá fazê-lo por meio do Encceja, que é uma avaliação de eliminação de matérias, ou seja, o candidato pode ir eliminando áreas (Linguagens e Códigos, Ciências da Nat...

Prainha de Santa Albertina e Águas Claras em Santa Fé do Sul

Quando conhecemos um lugar legal, bonito, sempre queremos contar, falar como era, as qualidades, o que vimos, o que gostamos, não gostamos. Estivemos recentemente visitando um amigo, que nos levou a conhecer alguns pontos turísticos de cidadezinhas próximas à cidade onde mora. Estivemos um Balneário na cidadezinha de Santa Albertina, mas conhecido como “Prainha”. O lugar tem uma praia de água doce, limpa, do Rio Grande (divisa com Minas Gerais e Mato Grosso do Sul), com quiosques com churrasqueira, um restaurante e lanchonete, além da vista belíssima. Como fomos a este lugar em um feriado prolongado, havia muita gente por lá, claro, o barulho próprio de gente de cidade grande. Carros com som ligado muito alto, ferindo os ouvidos daqueles que não queriam ouvir o tipo de música, que o sujeito gosta! Segundo nosso amigo o lugar é muito tranquilo a maior parte do tempo, pois pudemos verificar que a maior parte dos carros era de outras cidades: São Paulo, Jales, Campinas, entre outra...

Minha vivência com o alzheimer de minha mãe

  Vivenciamos, não todos, na família a demência/Alzheimer de minha mãe. Eu, meu marido, e um dos irmãos diariamente. Os demais o sabem, presenciam nas visitas, maiores detalhes ficam sabendo por mim, meu marido, o irmão, que mora com minha mãe. Apesar de, no início da doença, bem como nos acompanhamentos regulares com a neurologista particular fui alertada que, mesmo medicada, a doença progrediria, talvez mais lentamente devido aos remédios, mas avançaria mesmo assim. Assim está acontecendo! Até uns dois anos a memória dela estava bem melhor, mas a idade é implacável! Os neurônios estão morrendo! Com eles está indo a memória dela, a recente, mas agora também as memórias passadas. O que sobrou, por enquanto, são as memórias do passado muito distante, da infância, adolescência, juventude, porém poucas, cujas histórias já nos eram bem conhecidas, agora são repetidas diariamente. Ontem ela esteve em casa, conversou comigo, foi para a cozinha conversar e ficar com meu marido, qu...