Funcionários públicos, pagantes mensais do IAMSPE, que tentam marcar consultas com determinadas especialidades na Unesp de Botucatu não conseguem! Não adianta ligar diversas vezes, em meses distintos, porque ouvirá sempre a mesma resposta: NÃO HÁ VAGAS PARA NOVOS PACIENTES; O(S) MÉDICO(S) TÊM UMA COTA MENSAL DE ATENDIMENTOS E NÃO ATENDEM ALÉM DISTO.
Entre estas especialidades podemos citar: neurologia, reumatologia. No primeiro caso há o neuro, mas a fala é a escrita acima em letras garrafais. NO caso do reumato, a fala é “HAVIA SOMENTE UM ESPECIALISTA, QUE NÃO ESTÁ MAIS NA UNESP”.
Estamos falando da melhor Universidade de Medicina do País (segundo os botucatuenses), que não dá conta de atender as necessidades de todos os pacientes, portanto criam-se COTAS, mas cotas que excluem, cotas que impedem que os pacientes tenham acesso ao sistema.
Recentemente a mesma Faculdade assumiu gerenciar um Pronto Socorro na cidade...
Não há dúvidas que a Unesp presta importantes serviços na área da saúde para a população em geral da cidade e municípios vizinhos, pois basta chegar lá pela manhãzinha e ver a quantidade de ambulâncias das cidades menores, da região e de outras regiões: FARTURA, PORANGABA, ITATINGA, LARANJAL PAULISTA, TORRE DE PEDRA, ITAÍ, etc...
Você que está lendo pode pensar... Ninguém reclama? Ninguém coloca esta situação de falta de atendimento aos funcionários públicos estaduais? SIM, há gente que reclama na ouvidoria do IAMSPE e na ouvidoria da UNESP.
Qual a resposta? Abaixo cópia de uns trechos de uma resposta do ouvidor do IAMSPE:
“Prezada Senhora XX ,
Reportando-nos à manifestação recebida , a Diretoria do Departamento de Convênios informou que :" Quanto a paciente , esclarecemos que no momento , não dispomos de horários para agendamento em Neurologia e Cardiologia , porque estamos dando prioridade aos pacientes em tratamento nessas especialidades . Quanto a Otorrino, esclarecemos que as consultas estão sendo agendadas por telefone , sempre que há abertura das agendas dos médicos das especialidades."
Atenciosamente,
XXX”
Reportando-nos à manifestação recebida , a Diretoria do Departamento de Convênios informou que :" Quanto a paciente , esclarecemos que no momento , não dispomos de horários para agendamento em Neurologia e Cardiologia , porque estamos dando prioridade aos pacientes em tratamento nessas especialidades . Quanto a Otorrino, esclarecemos que as consultas estão sendo agendadas por telefone , sempre que há abertura das agendas dos médicos das especialidades."
Atenciosamente,
XXX”
Após encaminhamento para dúvidas em Sorocaba, a resposta ao mesmo questionamento foi:
“Bom dia, Sra. XX.
Acusamos o recebimento da sua mensagem e informamos que as especialidades em questão tem poucos médicos credenciados e grande demanda. Na cidade de Sorocaba dispomos de 2 médicos neurologistas, na Clínica Vida (15) 3233-2149 e Dr. Fassina (15) 3211-3040. Na especialidade de reumatologia, temos a Dra. Fabiane Cal Zacarias, fone (15) 3234-9555. Também, poderá ser agendado diretamente no Hospital do Servidor, pelo telefone (11) 5583-7001 ou através do site do Iamspe: www.iamspe.sp.gov.br. Na Unesp, é grande a demanda porque atende toda a região de Botucatu e Bauru e, de acordo com a informação repassada, não estão conseguindo abrir novas vagas por enquanto, por ser muito grande o número de pacientes em atendimento.
Att
XXXX
Diretora Técnica do Ceama de Sorocaba”
Você que leu os textos acima, percebeu que tanto o ouvidor, como a Diretora Técnica repetem as mesmas coisas, ou seja, apenas re-informam a fala da Unesp. Diferentemente de uma ouvidoria de uma empresa particular, que ao ser cobrada, liga para o cliente e tenta RESOLVER o problema; quando isto não acontece ainda há a possibilidade de se reclamar no PROCON, que demora um pouco, fica-se horas na fila, mas a empresa responde, o próprio técnico do PROCON entra em contato para dar um retorno, agendar reunião com a empresa objeto da reclamação. Mas no caso do IAMSPE a quem reclamar? Se a ouvidoria só faz isto: OUVIR? Repetir a fala da Faculdade não resolve o problema do funcionário, que paga religiosamente por desconto em folha (cuja porcentagem é de acordo com o salário recebido, não fixo por um ano, como a mensalidade de um convênio, por exemplo) e não consegue atendimento? O órgão incumbido de ouvir as reclamações e tentar resolver não o faz? Será que o contribuinte do IAMSPE terá que aguardar haver uma vaga, para então ficar doente? É o que se apresenta: “...não dispomos de horários para agendamento em Neurologia e Cardiologia , porque estamos dando prioridade aos pacientes em tratamento nessas especialidades.” Se a pessoa não estiver em tratamento, não poderá ficar doente. Se ficar doente, precisar de uma consulta, precisará pagar R$ 200,00 para ser atendido, depois arcar também com os exames, porque sempre são solicitados.
Há cidades, como Sorocaba, citada acima, que têm clínicas particulares (poucas) credenciadas ao IAMSPE, coisa que não acontece em Botucatu. Para não dizer que não existe, há sim, UMA CLÍNICA DE GINECOLOGIA. Por que isto acontece?
Óbvio, meu caro Watson, que médico vai querer receber o valor pago pelo IAMSPE por uma consulta, se é possível (acontece) da pessoa pagar uma consulta particular com valor muito, muito, muito maior?
Não tenho nada contra os médicos, afinal quando atendem os pacientes na Unesp, há qualidade no atendimento.
O problema aqui é outro: a carência de vagas para pacientes do IASMPE para determinadas especialidades. Problema que, pelo jeito, vai longe!!!
Comentários
Vamos ao Procon pessoal! Chega de sermos roubados! É uma enganação, nunca há médicos.