Pular para o conteúdo principal

João Delfiol Construções

João Delfiol Construções

RETROSPECTIVA DO BLOG

Criado com o Padlet

Perdas irreparáveis

Quando criança tinha a alegria de conviver com minha família, tios, tias, primos, primas, avô. Nos reuníamos no Natal, principal celebração católica.
Fomos crescendo, os núcleos familiares aumentado, mudando de cidade, de Estado. Os primos e primas crescendo, os tios, tias envelhecendo.
Na minha infância somente uma vez tive um encontro terrível com a morte, que me marcou pra sempre, do qual ainda tenho lembranças bem nítidas. Acho que por isto sempre tive (tenho) reservas a participação em velórios e enterros, salvo quando a pessoa é muito próxima.
Muitos anos sem pensar no assunto: MORTE! Até que meu pai morreu! Depois dele, uns dois ou três anos, um dos meus tios. Mais dois ou três anos: mais um. Mais dois ou três anos: mais um. Fiquei muito triste, mas me conformava porque todos viveram por sessenta anos, oitenta ou mais, até próximo aos noventa, como meu avô.
Por que estou falando deste assunto?
No final do ano sempre refletimos sobre o passado, presente, tentamos planejar o futuro.
Neste ano, diferente das perdas anteriores, pela idade avançada, perdi um primo jovem, da minha idade, que morreu vítima de um acidente no trânsito, pasmem! Em uma rodovia do interior do Estado do Paraná.
Chorei muito, senti muito!
Porque era jovem, estava refazendo sua vida, deixou filhos com menos de vinte anos.
Não viveu toda sua vida, como meus tios, nem como o próprio pai dele.
Ainda sou perseguida por esta lembrança: pelo rosto dele, pela alegria dele, mas também pelas imagens horríveis do acidente, que vi no jornal na internet.
Nada me entristeceu tanto neste ano como esta partida súbita, esta vida que foi arrancada da mãe dele, dos irmãos, dos sobrinhos, dos filhos, e de nós, seus primos.
Acho que estou escrevendo este texto para marcar este momento, marcar pra sempre esta perda!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dicas sobre provas para eliminação de matérias e ENCCEJA E ENEM

Escrevi uma postagem com dicas para concurseiros de primeira viagem, mas analisando os atendimentos diários que faço no meu trabalho, pensei em escrever outro(s) texto(s) com dicas ou orientações sobre outros assuntos, pois mesmo com tanta informação disponível, as pessoas continuam sem conhecimentos básicos, que podem ajudá-las a resolver problemas simples do seu cotidiano, que vão desde onde procurar a informação, como também onde cobrar seus direitos. Para começar esta série de textos, vou falar um pouco das provas para eliminação de matérias. As pessoas buscam muito este tipo de avaliação, na qual, desde que atinjam as médias, eliminam todo o ensino fundamental ou todo o ensino médio. Para quem pretende eliminar o ensino fundamental - Ciclo II (antigo ginásio, 5ª a 8ª série, 6º ao 9º ano atualmente) poderá fazê-lo por meio do Encceja, que é uma avaliação de eliminação de matérias, ou seja, o candidato pode ir eliminando áreas (Linguagens e Códigos, Ciências da Nat...

STAROUP: propagandas, história e futuro da marca

Você se lembra desta marca? Sabe de qual produto? Não?????!!!!!! Pois bem... vou refrescar a memória daqueles que estão nos "enta", dos mais jovens que nunca ouviram esta palavra. Quando eu era adolescente, o que não faz muito tempo, o jeans, que mais se ouvia falar, cujas propagandas eram inteligentíssimas, bem feitas, ainda por cima engajadas, eram da Staroup.  Uma delas foi premiada internacionalmente, porque mostrava o engajamento dos jovens, que eram ousados, corajosos, lutavam contra o regime da época: a Ditadura Militar.  Esta propaganda, famosíssima, ganhadora do Leão de Ouro em Cannes, foi pensada, pelo não menos famoso, Washington Olivetto, da Agência W. Brasil. Quer conhecê-la? Acesse e conheça! Além deste premiado, há outros. Há o comercial abaixo, que mostra a então adolescente, Viviane Pasmanter, no papel da gordinha, que quer usar um jeans da Staroup e faz uma verdadeira maratona para conseguir alcançar seu objetivo. A qualidade do vídeo não é muito bo...

Pensamentos sobre a morte e a vida

Na minha infância convivi com pessoas idosas, sempre gostei de estar próxima de gente mais velha, mais experiente. Mesmo com esta proximidade a morte não era tão próxima, pois no interior, naquela época, as pessoas morriam, em geral, somente de velhice. Desta época lembro-me somente da morte de uma velhinha, tia de um amigo de meu pai, cujo velório fomos. Na verdade eu fui levada, não me lembro de quem foi a ideia. Eu era muito pequena, nem sei ao certo a idade que tinha. Este velório, em uma casa simples, de madeira, no sítio, rodeada de árvores. Imagine um lugar destes somente com iluminação de velas, as pessoas ao redor do caixão, pessoas chorando, se lamentando, outras falando baixinho, cochichando. Eu presenciando tudo isto! Esta cena escura, cujo local mais iluminado era um caixão de defunto. Isto me deixou de tal foram aterrorizada, que no dia seguinte tive febre! Até hoje não gosto muito de lembrar disto! Os anos se passaram, rapidamente. Há pelo menos treze anos tenho v...