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João Delfiol Construções

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Municipalização de prédio de Escola Estadual

A escola onde estou trabalhando neste ano está vivendo uma situação muito complicada, diria complicadíssima.
Parte da escola. Ciclo I (1ª a 4ª série) foi municipalizada, por isso ficaram os professores do Estado trabalhando com os alunos do município, utilizando o espaço físico do Estado, mas com inspetores de alunos da prefeitura, agora recentemente uma diretora que, desde a semana passada, divide o espaço com a professora da SAPE e os alunos portadores de necessidades especiais, que por suas características precisam de maior proximidade com o Professor, o que está sendo prejudicado com a presença de um adulto na sala, inclusive atendendo celular durante a aula...
Resumindo: a Prefeitura ocupa quatro salas de aula, sendo que outras quatro estão alocadas em uma creche municipal próxima à escola.
Segundo falas de funcionários da Prefeitura, da escola e de fora dela, os alunos (Ciclo II e Ensino Médio), professores e direção terão que sair ainda em julho, pois o prédio será municipalizado também, que provavelmente os alunos irão para outra escola não muito próxima. Esta escola não tem salas ociosas, no diurno, para receber todos os alunos, para onde irão então os alunos do Ciclo II? Fala-se que poderão ser “pulverizados” em outras escolas próximas ao Centro da cidade.
Veja que tudo que escrevo está embasado na fala de funcionários da Prefeitura, pois nós, professores, alunos e Direção do Estado não temos informações de nossos superiores, ou seja, Diretoria de Ensino.
Esta, segundo consta, está fazendo um estudo com base em informações fornecidas pela direção da Escola para verificar a viabilidade da mudança dos alunos, pois têm em mãos uma relação aluno por aluno com endereços e distâncias de suas residências até a Escola.
Os pais dos alunos não foram consultados nem pela Prefeitura, nem pelo Estado.
Estamos falando de uma escola com mais de 50 anos de trabalho em prol da Educação paulista.
Estamos falando de professores que participaram de uma atribuição no início do ano, que vêem seus direitos sendo ameaçados, pois se a escola for extinta, alunos enviados para diversas escolas... e a jornada do Professor? E a legalidade de tudo isto?
Como se sabe se houver nova atribuição, considerando a pontuação do professor, seja onde quer que ele esteja, vai fatalmente mexer com mais professores, logo haverá um efeito cascata! Isto vai implicar na diminuição de jornadas, quiçá até ficar sem jornada, no caso dos OFAs.
Resumindo: para se acomodar mais ou menos 200 alunos do município, desaloja-se mais de 700 alunos do Estado, bem como seus professores, direção, coordenação. Esta Matemática é justa? Municipalização feita desta forma atende a quem?

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