No nosso cotidiano temos visto uma inversão de
valores, inversão de papéis nas famílias, sejam elas compostas de mãe e filhos,
pai e filhos, avó e netos, não importa a composição da mesma, mas o papel dela
na vida das crianças e dos adolescentes.
Vemos crianças, cujos desejos, vontades são todos
satisfeitos pelos pais ao menor sinal de choro ou de birra, seja em casa, no
corredor de uma loja de brinquedos ou no corredor das guloseimas em um
supermercado.
Vemos também adolescentes, que mandam eu seus pais,
dizendo onde vão estudar, que roupa vão vestir, que corte de cabelo ou
piercing, tatuagem ou cor de cabelo usarão, ou ainda com quem irão morar, se vão
estudar ou não não...
Estes adolescentes criados desta forma saberão
respeitar regras, normas na escola ou no trabalho? Saberão respeitar as normas
da sociedade?
Nossa primeira convivência social acontece na família,
posteriormente na escola, no trabalho. Se é na família que ela começa, quem
deve iniciar a criança nas normas de convivência?
Atualmente as crianças e adolescentes fazem suas
regras, vivem de acordo com elas, sem a interferência dos responsáveis legais
por eles: os pais, a família. A maioria dos adolescentes dorme a hora que quer,
pois ficam até altas horas assistindo a TV ou no computador acessando sites os
mais diversos, nas redes sociais: Orkut, facebook, Formspring, e outros, além
dos programas de bate papo, como MSN, skype... Quem acompanha o que veem, falam
nestes espaços virtuais?
Quem define os horários de estudo da criança em casa?
Sim, é preciso estudar na escola, durante as aulas, mas também estudar em casa,
rever as matérias, reler textos, anotar dúvidas, estudar para provas, fazer
exercícios, ler livros. Esta rotina de estudos em casa auxilia e muito a
aprendizagem dos conteúdos a ser também realizada na sala de aula.
Se não existe esta rotina de estudos, o que acontece?
Estamos vendo nos índices divulgados esta semana pelo site do Movimento Todos
pela Educação: 10% dos alunos sabe o esperado em Matemática ao final do Ensino
Médio, em Português não é muito diferente: 29%!
Mas voltemos aos adolescentes! Há diversos sites que
tratam deste assunto, ou seja, filhos que mandam nos pais, que sendo
subjugados, simplesmente obedecem a tudo. Estes pais (ou responsáveis) deixam,
desta forma, de assumir seu verdadeiro papel: o de educar, impor limites,
ensinar valores. As famílias onde isto acontece são chamadas de famílias
disfuncionais.
Quem já não viu um adolescente com este comportamento?
Ou uma criança?
Já vi crianças, no supermercado, chorando, gritando,
quando os pais não querem comprar determinado doce ou brinquedo! O que os pais fazem? Atendem! Atendem para
evitar a gritaria, o escândalo, os olhos dos outros clientes... E se isto
continuar se repetindo, o que estamos ensinando para a criança?
Você pode ler mais a respeito nos textos abaixo:
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