Pular para o conteúdo principal

João Delfiol Construções

João Delfiol Construções

RETROSPECTIVA DO BLOG

Criado com o Padlet

Que interessante é a vida!


Que interessante é a vida! Observando meu corpo, suas transformações, comecei a pensar na vida.
Quando nascemos, vamos mudando, mês a mês, dia a dia, numa velocidade vertiginosa. Perdemos muito rapidamente roupas, calçados. Ganhamos cabelos, que caem, nascem outros tão rapidamente, que nem percebemos isto acontecendo, a não ser nossa mãe, atenta a cada mínima mudança nossa.
Assim vivendo mudanças, diárias, ganhamos nossos dentes, aprendemos a falar, aprendemos inúmeras palavras, bem como a utilizá-las, sem nem mesmo entendermos “nadica de nada” de gramática. Aprendemos a ficar em pé, a andar, a correr, aprendizagens que levamos para o resto de nossa vida. Aprendemos a comer, inicialmente praticamente tudo que nos é dado, mais tarde vamos ficando seletivos, fazendo nossas próprias escolhas alimentares.
Mais tarde, por volta dos dez, onde anos, inicia-se outra grande transformação em nosso corpo. De um corpo infantil, sem curvas, mas igualmente belo, vamos adquirindo pelos onde antes não tínhamos. Nós, as mulheres, vamos ficando com curvas mais arredondadas, seios nascem, devagar, vão ficando parecidos com os de nossas mães, avós (quando eram jovens, claro!).  Nos meninos também acontecem mudanças rápidas no corpo todo. A voz primeiro fica meio esganiçada, depois mais grave. Alguns têm muitas espinhas no rosto, ficam envergonhados com isto. Acontecem outras mudanças, mais íntimas, mas também interessantes.
O tempo vai passando, nós, nem aí... Estamos tão envolvidos, estudando, batalhando o primeiro emprego, o primeiro namorado (e outros namorados), a primeira paixão, a entrada na faculdade, a saída também igualmente batalhada, muita luta! Casamos (ou não), constituímos família, continuamos na rotina corrida de trabalho, família, filhos, escola (agora levando e trazendo filhos), amparando nossos pais ou um irmão, assim vamos. Nesta correria louca não percebemos outras mudanças em nosso corpo. Mas elas estão silenciosamente acontecendo.
Que mudanças são estas? Podemos falar de várias, mas vou me deter em algumas que tenho percebido, ainda sem explicação pra mim.
Faz uns dois ou três anos tenho percebido meus cabelos caindo, em quantidade significativa. Isto me preocupou bastante. Procurei uma dermatologista. Claro, fiz um exame para tentar saber a causa da queda. A especialista suspeitou de falta de ferro no meu organismo. Exame de sangue feito: nada! Tudo normal. Tomei umas vitaminas, usei um shampoo de cetoconazol, um outro remédio de manipulação... não vi mudanças. Não voltei na médica. Aliás, entre as prováveis causadas aventadas pela dermatologista estava... adivinhem? O estresse!
Quem já não foi ao médico, independente da especialidade, não ouviu esta explicação para um de seus males?
Eu já ouvi, não foi só da dermatologista!!!
Acabou minha queda de cabelo? Não. Continua. Acham que desisti de tentar saber a causa disto? Não, claro. Também cheguei a falar com a ginecologista. Perguntei se estava na menopausa, na pré-menopausa, se seria necessária fazer reposição hormonal. A resposta: não. Não, nem estava na menopausa, nem na pré menopausa. A quem recorri? À internet. Sites especializados, claro. Procurei alguns idôneos. Dermatologia. Ginecologia. Nesta minha pesquisa obtive algumas pistas.
Talvez se esta queda de cabelos tivesse acontecido na adolescência, nem tivesse me preocupado, nem notado, mas com o tempo vamos aprendendo a nos observar mais, a nos conhecer melhor, a perceber os sinais de nosso corpo, mesmo que não saibamos muito bem o que fazer com eles.
Lya Luft, autora gaúcha, que fala tão bem destes assuntos, me inspirou a escrever este. Não tenho o mesmo talento dela, autora renomada, consagrada, mas tenho a mesma preocupação e inquietação com a vida, com estes movimentos, mudanças, transformações, que acontecem conosco, vão paulatinamente mudando nosso corpo, nossa mente, nossa visão de mundo.

Comentários

Ivan Leite disse…
Texto bem autorreflexivo, também sou assim, bastante preocupado com o meu corpo..."Coisa de virginianos!!!", mas também me lembrei que a antroposofia, nos suas diversas ramificações" fala sobre a "Biografia humana" tão bem exposta por você nesta crônica.
catléia disse…
Prof. Ivan, obrigada por acessar meu blog, por comentar os textos, isto me anima a continua escrevendo!
Sou virginiana! Como descobriu? Acho que somos meio introespectivos, observadores de tudo, da natureza, das transformações, da vida, de nossa própria história. Nós, virginianos, antenados com o mundo, com o hoje, com o ontem, com o amanhã, refletimos, temos a palavra a nossa disposição, não poderíamos deixar de escrever, imprimir nossas impressões de tudo que vemos, sentimos, pensamos.
Você também faz isto muito bem nos seus textos, haja vista aquele seu texto tão bonito, tão maduro, ainda aluno de Ensino Médio já com tantas preocupações!!!
Mais uma vez obrigada! Sinto-me privilegiada em ter um leitor tão atento, tão intelectual.

Postagens mais visitadas deste blog

STAROUP: propagandas, história e futuro da marca

Você se lembra desta marca? Sabe de qual produto? Não?????!!!!!! Pois bem... vou refrescar a memória daqueles que estão nos "enta", dos mais jovens que nunca ouviram esta palavra. Quando eu era adolescente, o que não faz muito tempo, o jeans, que mais se ouvia falar, cujas propagandas eram inteligentíssimas, bem feitas, ainda por cima engajadas, eram da Staroup.  Uma delas foi premiada internacionalmente, porque mostrava o engajamento dos jovens, que eram ousados, corajosos, lutavam contra o regime da época: a Ditadura Militar.  Esta propaganda, famosíssima, ganhadora do Leão de Ouro em Cannes, foi pensada, pelo não menos famoso, Washington Olivetto, da Agência W. Brasil. Quer conhecê-la? Acesse e conheça! Além deste premiado, há outros. Há o comercial abaixo, que mostra a então adolescente, Viviane Pasmanter, no papel da gordinha, que quer usar um jeans da Staroup e faz uma verdadeira maratona para conseguir alcançar seu objetivo. A qualidade do vídeo não é muito bo

Dicas sobre provas para eliminação de matérias e ENCCEJA E ENEM

Escrevi uma postagem com dicas para concurseiros de primeira viagem, mas analisando os atendimentos diários que faço no meu trabalho, pensei em escrever outro(s) texto(s) com dicas ou orientações sobre outros assuntos, pois mesmo com tanta informação disponível, as pessoas continuam sem conhecimentos básicos, que podem ajudá-las a resolver problemas simples do seu cotidiano, que vão desde onde procurar a informação, como também onde cobrar seus direitos. Para começar esta série de textos, vou falar um pouco das provas para eliminação de matérias. As pessoas buscam muito este tipo de avaliação, na qual, desde que atinjam as médias, eliminam todo o ensino fundamental ou todo o ensino médio. Para quem pretende eliminar o ensino fundamental - Ciclo II (antigo ginásio, 5ª a 8ª série, 6º ao 9º ano atualmente) poderá fazê-lo por meio do Encceja, que é uma avaliação de eliminação de matérias, ou seja, o candidato pode ir eliminando áreas (Linguagens e Códigos, Ciências da Nat

HISTÓRIA DE ANA ROSA

Você já ouviu a música sertaneja de Tião Carreiro e Carreirinho intitulada "Ana Rosa"? Se ouviu conhece a história dessa mulher. Se não ouviu, farei um resumo da história. Ana Rosa morava em Avaré, cidade próxima a Botucatu. Como muitas jovens de sua época casou-se cedo, pois havia se apaixonado por Francisco de Carvalho Bastos, mais conhecido como Chicuta, que era muito ciumento, por isso trazia a esposa sob constante vigilância. Homem dos idos de 1880, muito machista, começou a maltratar a mulher, tanto moral quanto fisicamente. Até que um dia a jovem esposa cansou de tanto sofrer, fugiu para Botucatu, refugiando-se em um cabaré de uma mulher chamada Fortunata Jesuína de Melo. Quando o marido chegou em casa e não encontrou a mulher, ficou cego de ciúmes, procurou-a por todos os lados, até que soube que ela havia fugido e para onde havia ido. Mais do que depressa ele se dirigiu para Botucatu, onde chegou e contratou José Antonio da Silva Costa, mais conhecido por Costinha, e