Estamos vivendo uma época de muita informação. Informação
que está disponível em jornais, revistas, mas uma informação dinâmica, que se
renova a cada segundo está nos sites e blogs da internet.
Na internet as notícias são atualizadas a cada
segundo, há até um jornal chamado “Último segundo”, que tem no nome a máxima
dos últimos tempos, a atualização frenética da informação, da notícia, da ciência.
Tudo isto poderia ser, como previram, uma
socialização e democratização do conhecimento. Também acredito que seja. Como
ficam aqueles que mal escrevem seus nomes? E aqueles que, mesmo frequentando a
escola, saem dela sem entender aquilo que leem?
Não vamos entrar no mérito de quem seria a culpa. Vamos
refletir sobre o abismo que vai separando cada vez mais as pessoas.
A internet popularizou cursos de educação à distância,
inclusive cursos superiores. Será que isto está contribuindo para melhorar a
formação? Ou será que está apenas distribuindo diplomas de curso superior sem a
necessária aprendizagem?
Semana passada participei, com outros profissionais,
de umas entrevistas de trabalho, da qual participaram alguns profissionais. Um
deles estava se candidatando a professor de uma disciplina relacionada à
leitura. A pessoa tinha feito pós graduação, cujo TCC era sobre isto mesmo,
leitura. Perguntamos primeiro sobre a atuação dela na função para a qual estava
se candidatando, como as respostas não foram satisfatórias, resolvemos
perguntar sobre o assunto estudado por ela para elaboração do TCC (Trabalho de
Conclusão de Curso), quem sabe assim, poderia ficar mais à vontade e falar com
propriedade do assunto que fora objeto de pesquisa, estudo, leituras... Nada! Não
saiu nada! Nem um autor citado, nenhuma teoria lembrada...
Tudo isto me fez pensar a respeito da formação, a
presencial e a virtual. Será que esta última é ideal para todos? Será que alguém
que teve uma precária formação inicial, terá condições de concluir
satisfatoriamente e com aprendizagem um curso na modalidade EAD?
São perguntas que deixo abertas, mas os analfabetos
funcionais estão por aí, na sociedade, não entendendo o que leem, não
aprendendo, alguns (ou muitos) concluindo cursos superiores e pós graduação.
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