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João Delfiol Construções

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RETROSPECTIVA DO BLOG

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Exame com dor ou sem dor?


Todos nós fazemos diversos exames de saúde  no decorrer de nossa vida, alguns deles muito penosos. Nós, mulheres, temos diversos deles, alguns de rotina, que fazemos todos os anos, outros mais específicos, mas não menos doloridos e estressantes.
Eu, mulher, já fiz alguns: mamografia (rotina), Papanicolau (rotina), biópsia, entre os exames, estão alguns mais específicos: histerossalpingografia ( o exame é tão aterrorizador quanto o nome!), ressonância magnética (este... nem me fale!).
Minhas primeiras mamografias foram inesquecíveis! Eram novidade, ouvia alguns comentários de mulheres que haviam feito “Dói muito!”, “Não dói!”.  Estas primeiras eu fiz pelo meu antigo convênio, em laboratório particular. Isto não meu poupou do sofrimento! A máquina já é aterrorizadora, pois o seio fica colocado sobre uma superfície gelada, sobre ele uma placa, que vai descendo e pesando cada vez mais, a ponto de querer gritar de dor e sair correndo o mais rápido possível dali. Na segunda vez não foi muito diferente. Laboratório particular, a máquina assustadora e o medo (lembranças da experiência anterior) e um suor que descia lavando meu corpo, mesmo secando com papel toalha, não adiantava, pois voltava a suar, isto piorava o procedimento.  A moça que operava a máquina nas duas ocasiões era jovem.
Ano passado fiz novamente este mesmo exame, desta vez na Unesp. A profissional que operava a máquina muito atenciosa, mas a máquina era a mesma, claro. Mas o cuidado comigo, com m eu corpo, foi diferente, tanto que não senti aquela dor horrenda das outras vezes!
Sobre a histerossalpingografia não tenho outro parâmetro para comparar, pois devido à especificidade do exame só fiz uma vez (ufa!). Este é tão dolorido, que a mulher é aconselhada a levar um remédio pra cólicas no dia. As imagens são aterradoras!
Há bastante tempo atrás, também pelo convênio particular, precisei fazer uma biópsia. Desta vez que coletou o material foi uma médica. Talvez você, leitor, esteja pensando “Deu tudo certo. Uma médica.” Engano seu. A coleta foi dolorida. Após a coleta, levantei-me da maca para pôr a roupa. Fiquei um pouco em pé. Estava atrás de um biombo no fundo da sala, a médica mais distante, já sentada em sua mesa. Quando olhei pro chão, vi uma poça de sangue. Reclamei com a médica, que, claro, disse que eu deveria ter algum problema pra ter sangrado, argumentei dizendo que não era a primeira vez que fazia o exame, porém era a primeira que aquilo acontecia.
Saí da clínica, mas sem condições de voltar pra casa de ônibus, pois estava com vertigens.
Não fiz mais este exame, nem tenho mais convênio particular.
Estes fatos servem para mostrar que não importa se estamos sendo atendidos em um convênio ou em um órgão público, como a Unesp, o que faz a diferença é o profissional. A pessoa. Claro que ter uma boa estrutura para o trabalho, exames de diagnóstico modernos, máquinas modernas, mas dos dois lados da máquina estão as pessoas. Uma que precisa realizar o exame, como eu com traumas anteriores; outra que operará o equipamento, mas se esquecer que está lidando com pessoas, agirá como a máquina: fria, brutal.
Também já passei por outros exames mais comuns, como os de sangue, que são feitos com regularidade. Já tive problemas ao fazê-los. Minhas veias não são fáceis de encontrar, o que causa problemas aos profissionais, que têm a missão de retirar aqueles tubetes de sangue. Já estive uma vez, em um laboratório particular, grande, renomado, em São Bernardo do Campo, onde há várias pessoas para coletarem o sangue dos pacientes, uma verdadeira linha de produção. Neste lugar, passei por momentos que não mais esqueci!  Entrei no comodozinho onde faria o exame, sentei-me, estirei o braço, colocando-o sobre aquele apoio, veio a Senhora tentar achar a minha veia. Apertou daqui, dali, amarrou aquela borracha, desamarrou, mudou de braço, fez massagens. Furou um braço, furou outro, e nada! Estava suando (eu e ela, claro!) Ela deu-se por vencida, foi chamar outra pessoa para fazer a coleta. Já tinham ficado marcas nos meus braços, afinal a pele muito branca não precisa muito para deixar hematomas. A outra veio, enfim conseguiu realizar o que parecia impossível.
Ano passado também fiz um exame de sangue, mas que foram necessários alguns tubetes de sangue. Fiz na Unesp. No dia do exame, com medo, avisei a moça que minhas veias eram difíceis de achar, que já havia passado por problemas para realiza-lo. Ela calmamente disse que “tudo bem”. Amarrou a borracha no braço esquerdo, pediu para eu abrir e fechar a mão várias vezes e “voilà”, as veias saltaram, ela enfiou a agulha na veia, o sangue jorrou sem dor.
Mais uma vez a pessoa fez a diferença, claro, a experiência, a formação. Um exame simples, que não necessitava de aparelhos sofisticados, mas que mal feito causa dores e marcas!
As máquinas são importantes, mas são auxiliares do ser humano, afinal o cérebro e o coração estão nas pessoas!





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