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João Delfiol Construções

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RETROSPECTIVA DO BLOG

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Anseios

Meu doido coração aonde vais, 
No teu imenso anseio de liberdade?

Florbela Espanca


Gosto de observar as pessoas, os comportamentos, os costumes, as mudanças, enfim a vida.
Tenho observado ultimamente algumas pessoas que conheço. Namoraram muito, namoraram também muito tempo a mesma pessoa antes de se casarem, aliás na cabeça de muitas pessoas o namoro serve para se conhecerem um ao outro, penso um pouco diferente, que ninguém nunca conhece ninguém totalmente.
Estas pessoas se casaram muito jovens, tiveram filhos ou não, mas os relacionamentos não duraram muito, a separação chegou, os casais se separaram.
As moças se não estudaram, voltaram a estudar, voltaram as baladas habituais, saídas noturnas com amigas e amigos, festas, frases no perfil do Orkut devidamente mudadas para frases como “Vivendo a vida”, “Ser feliz eternamente” ou outras parecidas.
Me pergunto: antes não viviam a vida? Quando se casaram não sabiam o que estavam fazendo?  Não estavam apaixonadas? Não estavam amando?
Não estou criticando quem se separa, mas o que é felicidade para as pessoas? Em um dado momento é estar ao lado da pessoa amada pra sempre e juram amor eterno  diante do Padre. Anos ou meses depois o eterno vira pó, as promessas viram palavras dissipadas pelo vento, a vontade de estar junto se transforma em desejo imenso de estar longe, aquele ciúme que era um charme, se torna um tormento.
A respeito do amor, de seus antagonismos, de suas desventuras, o assunto deste texto, muitos poetas escreveram, Vinicius de Moraes, Camões, e tantos outros. Mas para falar e fechar este texto, escolhi  um poema de Florbela Espanca, poetisa portuguesa, que falou de amor, tentou a vida inteira amar e ser amada.  Assim como muitas jovens de hoje, ela também buscou a felicidade ardentemente pela vida afora.

Anseios
Meu doido coração aonde vais, 
No teu imenso anseio de liberdade? 
Toma cautela com a realidade; 
Meu pobre coração olha cais! 

Deixa-te estar quietinho! Não amais 
A doce quietação da soledade? 
Tuas lindas quimeras irreais 
Não valem o prazer duma saudade! 

Tu chamas ao meu seio, negra prisão!... 
Ai, vê lá bem, ó doido coração, 
Não te deslumbre o brilho do luar! 

Não estendas tuas asas para o longe... 
Deixa-te estar quietinho, triste monge, 
Na paz da tua cela, a soluçar!... 

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"

Quer saber mais sobre a autora do poema? Então acesse: http://www.prahoje.com.br/florbela/?page_id=59

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