Vou
falar sobre leitura! Sim: LEI-TU-RA!
Nunca
tivemos, acredito, na história da humanidade tanto acesso à informação escrita
como temos nos dias atuais.
A
internet democratizou, e muito, o acesso a todo tipo de informação, seja ela
escrita, falada, filmada. São inúmeros formatos de materiais: vídeos do/no you
tube; podcasts; blogs; jornais diversos on line; livros; revistas; acesso a
museus do Brasil e do exterior, enfim, uma infinidade de informações
disponíveis! Temos cursos gratuitos!
E o
que isto tem a ver com leitura? TUDO!
Se
esperava, que com tanto acesso, as pessoas lessem mais, soubessem encontrar
informações necessárias para seus objetivos. Há inúmeros casos que sim, isto
ocorre. Por outro lado, há pessoas com curso superior, que se quer conseguem
achar um banner com uma informação, de seu interesse, mesmo quando a informação
está em destaque na tela e com um “CLIQUE AQUI” para não restar dúvidas!
Não.
Não estou exagerando!
Não
vou contar exatamente a situação, nem o local, mas por estes dias vivenciamos
esta situação. Atender telefonemas para falar para a pessoa, como encontrar, em
um site simples, “dois quadrados coloridos” com informações a respeito de
determinado assunto.
Que
tipo de formação estas pessoas receberam?
Qual
habilidade básica, que se espera de alguém, que tenha concluído um curso
superior, mesmo EAD? Que saiba LER! Ler e localizar informações!
Como
vivíamos sem internet? Como encontrávamos as informações?
Vemos
pessoas, que entram em prédios públicos sinalizados, mas que ainda assim,
sabendo ler, não se atentam às placas sinalizadoras e precisam sair perguntando
para encontrar a sala, onde precisam ir. Olha que nem estou falando de um
prédio muito grande!
Que
fenômeno é este?
Pessoas
que foram alfabetizadas e não leem? Ou leem mas não entendem, o que leem?
São os
chamados analfabetos funcionais!
Claro
que uma leitura de texto muito específico, uma lei, por exemplo, não é de fácil
leitura e entendimento. Um contrato, outro exemplo.
Porém
ler informações simples em um site não está entre estes exemplos.
Há
algumas décadas tínhamos muita gente, que só “assinava” com o dedão! Ainda há
pessoas assim, totalmente analfabetos, que estão próximos de nós, seja nas
cidades, na zona rural.
Você
acredita que uma pessoa, que tenha uma formação de educação básica deficitária,
possa fazer um curso superior em EAD e conseguir, com sérias defasagens de
aprendizagem, concluí-lo e ser um profissional preparado para exercer a
profissão, que abraçou?
Exemplo
simples, que vivenciei ontem. Fui comprar um medicamento. O mesmo remédio tem
dois tipos. As caixas são parecidas, mas existe uma sigla, de duas letras, que
diferencia os tipos de medicamentos. Ambos têm diferenças! Se o médico
prescreveu este e não aquele, com certeza, sabia o motivo!
A
atendente de farmácia, após pegar minha receita médica, veio com uma caixa com
60 comprimidos. Não teria problema, pois a quantidade era a mesma. Mas ao olhar
de relance a caixa, vi a sigla indicativa, que mostrava ser o tipo de remédio,
que eu não me adapto. Perguntei a ela “por acaso este não é o remédio tal?”
Após meu questionamento ela foi enxergar a caixa, que tinha em mãos e LER o
nome do remédio. Pediu desculpas pelo erro! Mas e se eu não tivesse visto? Se eu não soubesse ler e confiasse nela e
tomasse o medicamento? Se ele me causasse alguma alergia ou efetivo adverso?
Como
você pode ver, por esta situação acima, duas letras podem mudar muita coisa! Inclusive
pode causar danos à saúde!
Se
temos uma geração, ou parte dela, saindo das escolas, inclusive de faculdades e
universidades, se formando e saindo com sérias dificuldades para ler e
interpretar uma informação, que profissionais teremos?
Imagem
sobre analfabetismo funcional disponibilizada em:
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