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João Delfiol Construções

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RETROSPECTIVA DO BLOG

Criado com o Padlet

Nunca estamos prontos!

Mais uma vez perdemos uma pessoa querida de nossa família. Uma de minhas tias, que já estava com cerca de 80 anos, nos deixou hoje pela manhã. Era esposa de um de meus tios, que havia falecido há uns oito anos.
Outro dia, em casa de um de meus irmãos, conversava, à noite, com minha sobrinha de oito anos. Durante o dia, acredito, falamos, eu e a mãe dela, de morte. Não lembro bem de quem. Mas deve ter sido no meio de uma conversa comum, sem muita ênfase no tema. A menininha ouviu. Deve ter ficado o dia todo pensando naquilo. À noite, pediu para deitar ao meu lado, e ficamos conversando. No meio da conversa saiu a fala de preocupação “Tia, não quero que morra ninguém de minha família, ninguém que amo.” Fiquei por instantes sem saber o que falar, mas para deixá-la mais tranquila, disse que não iria morrer ninguém, que ela não se preocupasse com aquilo.
Não sou adepta de usar mentiras com crianças, mas a vida irá mostrando este lado, que é da própria vida, das perdas.
Tive muita sorte, muita felicidade, pois durante minha infância, adolescência, início da vida adulta não perdi pessoas de minha família. Perdi meu avô, quando eu tinha uns catorze anos, mas ele já estava com uns noventa e dois anos. Tinha vivido sua vida, tido seus filhos, visto muitos netos e bisnetos. A vida dele seguiu o curso normal!
Não. Não estamos prontos!
Minha sobrinha, criança, inocente, não está pronta para perder ninguém e isto a amedronta.
Tenho mais de quarenta anos e não estou pronta!
Já tive(mos) várias perdas em nossa família. Primeiro meu pai. Depois dele, em um intervalo de cerca de três ou quatro anos, foram, um a um, os irmãos dele. Depois dois primos jovens, cerca de quarenta anos de idade, um de acidente e outro de câncer. Os pais deles, um já havia morrido, o outro, morreu meses após a morte do filho. A mãe deste que morreu de acidente, morreu ano passado. Não aguentou a perda do filho, perda de irmãos, cunhadas. A saúde dela foi definhando pouco a pouco. A tristeza foi maior e a venceu!
Há algum tempo comprei um livro da Lya Luft, que fala disto. Perdas. Deixo aqui um pensamento desta obra, que não tira a tristeza, mas pode nos ajudar a entendê-las como algo da vida.

“Não queremos perder, nem deveríamos perder: saúde, pessoas, posição, dignidade ou confiança. Mas perder e ganhar faz parte do nosso processo de humanização.” (Lya Luft

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