Acabei de ler uma matéria de jornal, na qual são
analisados aspectos da distribuição ou não das sacolinhas plásticas nos
supermercados.
A matéria traz algumas informações interessantes,
discute o interesse mercadológico por trás desta campanha nacional contra as
sacolinhas, da substituição delas pelas caixas de papelão, que antes eram
recicladas, agora vão para o lixo comum.
Um aspecto, que não vi discutido no texto, foi o
correto descarte do lixo na cidade.
Estamos em uma cidade de médio porte, com cerca de
160.000 habitantes, onde a coleta seletiva do lixo é praticamente inexistente,
pois atende, segundo notícia veiculada em 2010 um jornal local, somente alguns
bairros da região norte da cidade. Este assunto não é abordado com frequência
nos jornais regionais impressos, nem nos jornais na web.
Enquanto isto nos arredores da cidade um lixão
aumenta sua altura a cada dia. Mesmo ficando um pouco distante da área urbana,
se acontecer o crescimento da área urbana, como estamos verificando, não muito
distante acontecerá por aqui, o mesmo que em outras cidades: o lixão no meio de
bairros populosos.
Enquanto o lixo continua sendo depositado neste
local, estamos discutindo os impactos das sacolinhas plásticas no meio
ambiente.
Diariamente são recolhidos caminhões e caminhões de
lixo, nos quais estão misturados restos orgânicos, embalagens plásticas das mais
diversas procedências, embalagens de amaciante, sabão em pó, água sanitária, embalagens
para alimentos, utilidades domésticas; além destas entram neste lixo os vidros,
papelões, latinhas de cerveja, suco, isopor.
Diante disto, deixo a pergunta: o que será que está
causando maior impacto ao meio ambiente: as sacolinhas plásticas ou a ausência
de políticas públicas para correto descarte do lixo?
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